De Johannesburgo – A prioridade da comissão técnica da seleção brasileira é blindar Neymar até a Copa do Mundo.

A ideia é que a cabeça do jogador esteja voltada para a Copa já a partir agora, e não somente em 26 de maio, quando os jogadores se apresentarão em Teresópolis-RJ para o início dos treinos.

O jogador tem evitado dar entrevistas. Não é uma determinação, pelo menos oficial, da CBF, que afirmou que ele poderia falar se quisesse na chegada ao hotel em Johannesburgo, onde a seleção enfrenta nesta quarta-feira a África do Sul. Ele não quis e passou reto.

Preocupa que mexa com sua cabeça a repercussão dos valores de sua venda ao Barcelona, que virou manchete na Espanha e no Brasil.  A polêmica colocou o pai do jogador, também Neymar, contra o Santos, ex-clube do atleta, por causa do valor recebido por ele na transação.

Neymar Jr. tem opinado por redes sociais, defendendo o pai. As pessoas que cuidam de sua carreira querem deixá-lo fora da polêmica, que já fez o Barcelona pagar uma multa ao fisco espanhol, mas o jogador insiste em defender o pai.

Há também uma outra preocupação: o fim do relacionamento com a atriz Bruna Marquezine.

Nos últimos meses, o jogador estava aparecendo mais em matérias de portais de celebridades, por causa do namoro, do que em notícias esportivas por boas atuações pelo Barcelona.

Na CBF há um trauma com relação a relacionamentos de jogadores em Copas por causa de Ronaldo.

Em 1998, ano que o Brasil foi vice e que o atacante sofreu uma convulsão antes da decisão contra a França, o interesse por detalhes do namoro do jogador com a modelo e apresentadora Susana Werner tomou conta do noticiário durante toda aquela Copa.

Neymar terá que passar nesta quarta-feira, depois do jogo contra os sul-africanos, pela zona mista, a área em que os jornalistas podem fazer perguntas aos jogadores. Resta saber se ele vai parar para falar.

Todos querem ouvi-lo.