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Notícias, comentários e bastidores da seleção brasileira de futebol

Perfil Marcel Rizzo é repórter de Esporte

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Centroavante ainda é a dor de cabeça de Dunga no reinício de trabalho

Por Marcel Rizzo
15/09/14 15:19

De São Paulo – Não é fácil jogar sem centroavante, como o próprio técnico da seleção brasileira, Dunga, admitiu após a vitória de 1 a 0 sobre o Equador, na semana passada, nos EUA.

Foram dois jogos, os primeiros da nova era Dunga, em que o treinador testou o time sem aquele atacante que fica mais fixo próximo ao gol, como o antecessor Luiz Felipe Scolari escalava sua equipe na Copa do Mundo.

Diego Tardelli, do Atlético-MG, foi o escolhido para ser o atacante referência, mas não atuou como um centroavante típico (até porque o próprio jogador disse não gostar desta função).

Tardelli se movimentava e revezava com Neymar, Oscar e Willian, que formaram o quarteto ofensivo nos dois jogos.

Na avaliação de Dunga, é preciso muito, muito treino para que essa movimentação dê certo. E tempo de treino é algo que o técnico da seleção brasileira não tem.

Leia mais: Outros três treinadores estavam no radar da CBF

Por exemplo: até o início da preparação para a Copa América do Chile, em junho e julho de 2015, serão mais três datas Fifa para a realização de amistosos – outubro e novembro de 2014 e março de 2015.

Serão mais cinco ou seis jogos, e aproximadamente uns 12 treinamentos com intensidade. Bem pouco.

Contra o Equador, Tardelli foi sacado, Philippe Coutinho entrou como meia-atacante e Neymar foi posicionado mais adiantado, como o homem de referência. Dunga não quer que Neymar jogue nessa função, a não ser que seja uma necessidade de jogo.

“Foi a primeira vez em que esse time jogou sem ter uma referência na área, e isso é muito difícil. A movimentação deve ser bem sincronizada, com alguém sempre chegando à frente”, disse Dunga após vencer o Equador.

Por isso, não estranhe se nesta quarta-feira (17), quando fará sua segunda convocação, Dunga chame um atacante que se pareça mais com um centroavante.

O radar de Dunga está atento ao bom time do São Paulo, que tem Alexandre Pato e Alan Kardec como opções.

A seleção enfrentará a Argentina, pelo Superclássico das Américas no dia 11 de outubro, em Pequim, e o Japão, no dia 14 do mesmo mês, em Cingapura.

Diego Tardelli em ação contra o Equador como o "falso nove" (Crédito: Ed Mulholland/USA Today)

Diego Tardelli em ação contra o Equador como o “falso nove” (Crédito: Ed Mulholland/USA Today)

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CBF evita detalhar caso Maicon para ganhar confiança do elenco

Por Marcel Rizzo
09/09/14 09:55

De Nova Jersey – A direção da CBF decidiu não revelar oficialmente o motivo da dispensa de Maicon porque temia perder a confiança do elenco que está nos EUA para a realização de dois amistosos e, também, de jogadores que podem ser convocados futuramente.

Houve a impressão de que “jogar Maicon aos leões” faria com que outros atletas imaginassem que, em caso de falha, poderiam ter seus problemas expostos à imprensa.

As novas comissão técnica, encabeçada por Dunga, e diretoria de seleções, que tem Gilmar Rinaldi como chefe, tem como objetivo criar um ambiente de confiança com os jogadores, principalmente aqueles que devem ser convocados sempre, como Neymar e Oscar.

Maicon se atrasou quase 12 horas para se reapresentar depois de ser liberado para a folga, no sábado (6), em Miami. A direção da CBF nos EUA consultou o presidente da CBF, José Maria Marin e o vice, e presidente eleito, Marco Polo Del Nero sobre o que fazer, e recebeu carta branca.

Foi decidido o corte, para dar exemplo e não perder a hierarquia.

Mas evitou-se revelar publicamente o que de fato aconteceu, o que gerou críticas da imprensa e facilitou a criação de boatos em redes sociais que fizeram até o volante Elias vir a público dizer que processará quem escreveu que ele teria sido o pivô do corte.

Mesmo com esses transtornos para um jogador do elenco, membros da CBF avaliam que a atitude de apenas informar que o corte foi por indisciplina, sem detalhar o ocorrido, foi correta porque mantém intacto um dos lemas que Dunga prega em uma equipe: a lealdade.

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Neymar como capitão da seleção

Por Marcel Rizzo
04/09/14 07:30

De Miami – Dunga deve anunciar nesta quinta-feira (4) o capitão da seleção brasileira para os dois primeiros amistosos nesta retomada como técnico do Brasil – o primeiro jogo é sexta-feira (5), contra a Colômbia, em Miami, e o segundo na terça-feira (9), ante o Equador, em Nova Jersey.

Maicon e Neymar estavam cotados, por motivos distintos. Segundo noticiou o site “Globoesporte.com” na noite desta quarta (3), Dunga anunciará Neymar.

Mas por que será ele?

Há dois perfis de capitães que Dunga utilizou em sua primeira passagem como treinador do Brasil, entre 2006 e 2010: o experiente, que era o seu caso quando jogador nas Copas de 1994 e 1998, e o craque.

A preferência é pelo experiente, que tenha autoridade para dar broncas e ser o “Dunga” dentro de campo, perfil que se encaixava no zagueiro Thiago Silva, mas que não pôde ser convocado porque está machucado.

Aí entrou a chance de Neymar ganhar a tarja.

Outro zagueiro, Lúcio, hoje no Palmeiras, era o capitão da primeira era Dunga como treinador, inclusive na Copa de 2010, na África do Sul, com o volante Gilberto Silva como “sub”.

Mas quando estes dois não estavam em campo, o técnico chegou a dar a tarja para jogadores com perfil diferente, as superestrelas, como Ronaldinho Gaúcho, Kaká e, na época, Robinho.

Em 22 de agosto de 2007, num amistoso contra a Argélia, na França, o Brasil venceu por 2 a 0 com um time cheio de novatos, e Robinho, aos 23 anos, foi o capitão. Neymar tem 22 anos.

“Se o Dunga quiser que eu seja o capitão, posso ser. Tenho experiência com o grupo. Mas tem o David Luiz, pela experiência também. E o Neymar pelo que representa para o grupo”, disse Robinho.

Neymar tem a admiração de todos no elenco, que carinhosamente o chamam de “Ney”. Antes tímido, era um dos mais falantes dentro de campo na Copa do Mundo em cobranças aos companheiros. Do jeito que Dunga gosta.

Do time que deve enfrentar a Colômbia, Maicon é o mais velho aos 33 anos – e foi capitão em um jogo com Dunga na primeira passagem. Estava cotado pelo perfil experiente.

Já Robinho é o que mais esteve em campo neste grupo com a camisa amarela, 90 jogos, mas no esboço do primeiro time escalado por Dunga o jogador do Santos foi reserva, o que inviabiliza receber a tarja.

David Luiz foi o capitão quando Thiago Silva se machucou na Copa, é zagueiro como Lúcio, mas Dunga quer evitar neste início de trabalho expor demais o jogador que, carismático, principalmente com as crianças, foi o protagonista da seleção na Copa, ao lado de Neymar.

O treinador quer priorizar a equipe ao individual, como já disse.

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O roteiro dos (longos) treinamentos de Dunga

Por Marcel Rizzo
03/09/14 10:01

De Miami – Duas horas e dez minutos.

Esse foi o tempo que durou o primeiro trabalho em campo, nesta terça (2), de Dunga nesse reinício como treinador da seleção brasileira.

Dunga gosta, e muito, de treinos longos. Foi assim em sua primeira passagem comandando o Brasil, entre 2006 e 2010.

Treinos mais curtos somente na véspera de jogos, quando é preciso poupar a musculatura dos atletas. Nos outros dias é bola, bola, bola, bola e mais bola.

O roteiro é quase sempre o mesmo. Uma roda de bobinho como início do aquecimento, que depois é complementado pelo preparador físico, no caso Fábio Mahseredjian.

Mas a ideia é que sempre haja bola no trabalho, mesmo no físico.

Depois Dunga gosta de que os jogadores ocupem espaços. Normalmente divide o elenco em dois ou três times, sem identificar reservas ou titulares.

Nesse trabalho ele prioriza o famoso dois toques, quando o jogador só pode encostar duas vezes na bola, e a marcação em espaço reduzido.

Na movimentação realizada em Miami, ele elogiou os jogadores que estavam invertendo as bolas, ou seja, dando passes mais longos e conseguindo espaço. “É isso”, gritou mais de uma vez o técnico.

Com mais de uma hora do trabalho, veio o coletivo. Que demorou 45 minutos, bastante já que ele parava a todo momento para dar orientação aos atletas. Cuidados específicos nos posicionamentos de David Luiz e de Luiz Gustavo.

Dunga, claro, se aproveita do fato de a maioria dos jogadores desta seleção, 15, atuarem na Europa, e portanto estarem em início de temporada.

Estão descansados.

Mas quem quiser trabalhar com ele vai precisar suar a camisa (ainda mais em Miami, com temperaturas cima dos 30 graus na maior parte do dia).

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Para Dunga, a Copa do Mundo é agora

Por Marcel Rizzo
01/09/14 13:02

De Miami – Imediatismo.

Essa palavra parece ser o mantra de Dunga neste início de trabalho. É necessário renovar a seleção brasileira, mas ao mesmo tempo é preciso ter um time pronto rapidamente.

Por quê? Em pouco mais de um ano começam as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Que promete ser a mais complicada da história da seleção, que terá rivais como Colômbia, Chile, Argentina e Uruguai com ótimos resultados nos últimos anos, além do Equador com a altitude de Quito e um bom time e o Paraguai se renovando – são quatro vagas diretas apenas.

Em dez meses, há a Copa América. Teste ideal para medir como serão as Eliminatórias.

Por isso Dunga convocou dez atletas que estavam no último Mundial, apesar do fracasso. E é por isso que não se pode esperar mudanças mirabolantes para os primeiros jogos, justamente contra dois adversários, Colômbia (dia 5 de setembro, em Miami), e Equador (dia 9, em Nova Jersey) que serão rivais nas competições citadas acima.

Jefferson, Maicon, e agora até Robinho (convocado no lugar de Hulk, machucado), este remanescente com Dunga da Copa de 2010, são jogadores que podem nem estar no Mundial de 2018, mas hoje são imprescindíveis para o técnico começar bem sua campanha.

A vitória sobre a Colômbia, para o treinador, é essencial para começar a limpar a mancha das derrotas de 7 a 1 para a Alemanha e 3 a 0 para a Holanda na reta final da Copa.

Por isso espere uma escalação bem experiente e com nomes bem conhecidos nesses dois primeiros jogos.

Para minha mãe…

 

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Time olímpico deverá ter veteranos convocados para uma mesma posição

Por Marcel Rizzo
27/08/14 16:51
Neymar sofre após derrota para o México na final da Olimpíada de Londres (Paul Hanna/Reuters)

Neymar sofre após derrota para o México na final da Olimpíada de Londres (Paul Hanna/Reuters)

De São Paulo – A importante informação de que a CBF elabora um projeto, que será enviado ao governo federal, para incluir adendo na Lei Pelé que possa fazer com que atletas entre 12 e 14 anos possam ter vínculos com clubes (leia sobre isso aqui) fez passar despercebida outra interessante informação passada por Alexandre Gallo, técnico da seleção brasileira olímpica, em entrevista à Folha há duas semanas.

Segue a frase de Gallo sobre como, se a Olimpíada de 2016, no Rio, fosse hoje, convocaria os três veteranos, aqueles jogadores com mais de 23 anos que a regra da competição permite que estejam no elenco de 18 inscritos.

“É um conceito meu: você pode pulverizar força ou concentrar força. Por exemplo: se a Argentina jogasse a Olimpíada e levasse Messi, Agüero e Higuaín? Não preocuparia? Você concentrando força num setor você ganha aquele setor”, disse Gallo.

Ele admitiu que é um conceito de hoje, que daqui um ano e meio, quando o time estiver melhor desenhado para os Jogos, sua ideia pode ser outra. Mas parece improvável que isso ocorra.

A teoria é que optando pelas convocações de veteranos divididos entre setores –  um zagueiro, um meia e um atacante, por exemplo –  as forças ficam pulverizadas.

Imagine um ataque com três atletas experientes enfrentando defesas com atletas com menos de 23 anos?

Por isso, hoje os três veteranos convocados seriam do setor ofensivo, para vencer esse setor com Neymar e mais dois atacantes ou meia-atacantes.

Pulverizar as convocações de atletas acima de 23 anos foi regra nas últimas convocações para Olimpíadas. Em 2012, em Londres, Mano Menezes chamou dois defensores (Thiago Silva e Marcelo) e um atacante (Hulk). O Brasil levou a medalha de prata perdendo a decisão para o México, 2 a 1.

Em 2008, com Dunga, hoje treinador da seleção principal mas que na primeira passagem dividiu função com o time olímpico,  apenas dois veteranos foram a Pequim, o meia Ronaldinho e o atacante Robinho.

Eles abriu mão de um terceiro jogador com mais de 23 anos e o Brasil ficou com a medalha de bronze.

Em 2000, para Sidney, Vanderlei Luxemburgo optou por não convocar atletas com mais de 23 anos e acabou eliminado nas quartas de final, perdendo por 2 a 1 para Camarões.

Na época a decisão causou polêmica, principalmente após o vexame de nem chegar às semifinais.

Em 1996, Zagallo pulverizou totalmente: os veteranos foram o zagueiro Aldair, o meia Rivaldo e o atacante Bebeto (apesar de campanha de torcedores e mídia por Romário). O time perdeu na semifinal para a Nigéria e ficou com o bronze.

O problema de Gallo é que dificilmente ele terá jogos para treinar o time com Neymar e os outros dois atacantes, ou meia-atacantes, escolhidos.

A seleção olímpica terá um calendário paralelo ao time principal, portanto Neymar nunca estará disponível para a equipe olímpica, que pode fazer até 20 jogos até 2016.

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Brasil de Dunga se espelha na Alemanha campeã do mundo

Por Marcel Rizzo
22/08/14 14:34

De São Paulo – A seleção brasileira de Dunga terá a atual campeã mundial Alemanha como espelho nesse início de trabalho.

Pode ter parecido estranho Dunga ter colocado em sua primeira lista de convocados dez jogadores, quase metade do elenco de 22, que disputaram a Copa do Mundo de 2014. Mais estranho ainda que oito dos dez estiveram em campo na derrota de 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal, a maior derrota já sofrida pelo Brasil em 100 anos de história.

Mas manter a base, ou melhor, começar o trabalho em cima de uma base é o primeiro aprendizado que os alemãs podem passar.

O time campeão do mundo há pouco mais de um mês está sendo montado desde 2004, quando a Alemanha fracassou no Europeu sendo eliminado ainda na fase de grupos do torneio disputado em Portugal.

A cada ciclo, seja para Europeu ou Mundial, os alemães fazem ajustes em cima da base.

Leia mais: Dunga não vê terra arrasada após Copa

É improvável que os dez remanescentes de 21014 convocados por Dunga, que poderiam ser 11 se Thiago Silva não estivesse machucado, cheguem até 2018, na Copa da Rússia.

Mas Dunga quer iniciar a montagem de seu time com uma base sólida, para aos poucos mudar peças e fazer ajustes. Como a Alemanha tem trabalhado.

O Brasil jogará contra Colômbia, dia 5 de setembro, em Miami, e Equador, dia 9 do mesmo mês, em Nova Jersey, no início da nova era Dunga.

É provável que contra os colombianos, o time base seja bem próximo do que Luiz Felipe Scolari escalou na Copa. Contra o Equador já deve mudar um pouco, e assim por diante.

Mas não é só manutenção da base que torna esse início de trabalho um espelho alemão, e declarações de Dunga nas entrevistas que concedeu desde que assumiu, no fim de julho, mostram isso.

Na coletiva do anúncio de sua primeira lista, Dunga explicou que não limitaria a idade de jogadores a serem chamados – explicação por ter incluído Maicon, que em 2018 terá quase 37 anos.

“Veja a Alemanha, que levou o Klose e o Lahn, jogadores com idade avançada, para a Copa. Não podemos descartar jogador por causa de idade”, disse o treinador.

Por isso que mudou o plano inicial da CBF, de criar uma cota de seis a oito jogadores jovens, de 20 e 21 anos, com idade olímpica, que seriam chamados em toda convocação do time principal. Dunga pediu liberdade para chamar quem quiser, principalmente atletas mais experientes, e agora a seleção olímpica terá uma agenda paralela ao time principal nas datas Fifa.

A Alemanha também inspira Dunga na formação tática de seu time neste início de trabalho. Com falta de centroavantes de qualidade no futebol brasileiro, Dunga deve escalar o time sem uma referência no ataque, com atletas com maior mobilidade.

“A Alemanha jogou assim em parte da Copa, com o Müller mais adiantando. Temos que pensar em alternativas, podemos jogar com um 9 característico, ou sem esse jogador. Temos jogadores para fazer os dois”, disse o treinador.

Sua lista também traz meio-campistas mais habilidosos do que marcadores. O único volante “brigador” chamado foi Luiz Gustavo.

Como escreveu o colunista da Folha Tostão, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, a dupla do Cruzeiro convocada, pode jogar (guardadas, claro, as devidas características técnicas) taticamente igual a Özil e Müller.

Mais uma característica alemã no time do Brasil.

Müller e Özil (camisa *) comemoram gol contra o Brasil de Júlio César na semifinal da Copa (Ballesteros/Efe)

Müller e Özil (camisa 8) comemoram gol contra o Brasil de Júlio César na semifinal da Copa (Ballesteros/Efe)

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Dunga só convoca um clone e vai priorizar a posse de bola

Por Marcel Rizzo
19/08/14 13:13

Do Rio – Na primeira lista de convocados de Dunga na sua segunda passagem pela seleção, somente um jogador pode ser comparado a ele quando volante.

Luiz Gustavo é o atleta com característica de primeiro volante, o que destrói. Os demais jogadores de meio de campo sabem “jogar”, como é normal se referir a meias que podem marcar, mas também têm qualidade para tocar a bola e atacar.

Ramires, Willian, Fernandinho e Oscar estiveram na Copa do Mundo, e participaram do vexame dos 7 a 1 sofridos para a Alemanha, a pior derrota da história da seleção. Mas é inegável que sabem jogar e tocar a bola, o que deve ser a obsessão de Dunga nesse início de trabalho.

Marcar, sim. Mas com jogadores que, quando recuperarem a bola, saibam armar um contra-ataque.

O time deve jogar sem um centroavante fixo nesse início de trabalho, o que demonstra que haverá movimentação constante no setor ofensivo. Isso beneficia Neymar, que pode ficar mais próximo do gol (mas não ouse dizer a Dunga que Neymar será o “falso nove”).

Para o treinador é preciso mudar o conceito de futebol. Ele quer mobilidade e jogadores que saibam que podem ter apenas 45 minutos para mostrar serviço na seleção. Esse é o requisito para jogar neste time.

O Brasil enfrentará a Colômbia, dia 5 de setembro, em Miami (EUA), e o Equador, dia 9 de setembro, em Nova Jersey (EUA).

VEJA A LISTA DE CONVOCADOS:

GOLEIROS

Jefferson – Botafogo

Rafael Cabral – Napoli

ZAGUEIROS

David Luiz – PSG

Marquinhos – PSG

Gil – Corinthians

Miranda – Atlético de Madri

LATERAIS

Maicon – Roma

Filipe Luis – Chelsea

Alex Sandro – Porto

Danilo – Porto

MEIO CAMPO

Luiz Gustavo – Wolfsburg

Elias – Corinthians

Fernandinho – Manchester City

Ramires – Chelsea

Éverton Ribeiro – Cruzeiro

Oscar – Chelsea

Ricardo Goulart – Cruzeiro

Willian – Chelsea

Philippe Coutinho – Liverpool

ATACANTES

Diego Tardelli – Atlético Mineiro

Neymar – Barcelona

Hulk – Zenit

 

 

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Primeira lista após a Copa traz sempre atletas que serão esquecidos

Por Marcel Rizzo
18/08/14 17:54

De São Paulo – A primeira convocação depois de uma Copa do Mundo, principalmente após um Mundial em que o Brasil fracassa, traz novidades que surpreendem, mas que quatro anos depois se mostram furadas.

Não são poucos os que nem lembrados são quando se fala dos atletas usados em um ciclo de uma Copa do Mundo.

Em 1990 Falcão revolucionou quando apenas jogadores que atuavam no Brasil estiveram na primeira lista, para um jogo contra a Espanha.

Na lateral direita, chamou Gil Baiano, que se destacava no Bragantino. Quatro anos depois, com Carlos Alberto Parreira no comando técnico, as opções para a posição foram Jorginho (remanescente de 90) e Cafu (que estava na primeira lista como meio de campo).

Lembra do Darci, um meia que apareceu no Grêmio no início dos anos 90? Pois ele esteve na primeira lista pós-título de 1994, de Zagallo. Quatro anos depois, na França, ninguém se lembrava que Darci teve sua oportunidade.

É possível achar exemplos de jogadores medianos que ganham a chance devido a ânsia por mudanças em toda primeira lista depois de Copa do Mundo.

Em 2006, Dunga chamou Morais, garoto que se revelava no Vasco, mas que depois passou por Corinthians e Bahia sem destaque.

Daniel Carvalho, revelado pelo Inter e vendido a peso de ouro para o CSKA Moscou, foi titular no empate por 1 a 1 contra a Noruega, a estreia de Dunga (a mesma lista que estava Morais). Quatro anos depois, Carvalho e Morais nunca estiveram cotados a ir à África do Sul.

Nesta terça (19), Dunga novamente vai elaborar, e divulgar, uma primeira lista depois de uma Copa do Mundo fracassada. O Brasil jogará amistosos nos EUA, dia 5 de setembro contra a Colômbia, e dia 9 ante o Equador, no início da nova era do ex-volante como treinador do Brasil.

Ele pouco falou sobre possíveis convocados nas entrevistas que concedeu desde que assumiu, no fim de julho. Mas um nome surge forte para ser chamado, e que se tornará automaticamente o principal candidato a ser esquecido daqui quatro anos: Ricardo Goulart, do Cruzeiro.

Provavelmente Goulart não estará sozinho e haverá apostas nas laterais, zaga, meio de campo e ataque que não vão se concretizar. Dunga, infelizmente, não tem um grande geração para começar a trabalhar.

Daniel Carvalho (11) abraça Fred no primeiro jogo de Dunga em 2006, contra a Noruega - 1 a 1 (Kai-Uwe Knoth/16.ago.2006/Associated Press)

Daniel Carvalho (11) abraça Fred no primeiro jogo de Dunga em 2006, contra a Noruega – 1 a 1 (Kai-Uwe Knoth/16.ago.2006/Associated Press)

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O desabafo de Djenifer, a camisa 8 da seleção brasileira

Por Marcel Rizzo
13/08/14 16:23

De São Paulo – Djenifer Becker tem 18 anos, é volante, e joga no Kinderman, de Santa Catarina.

Foi titular da seleção brasileira sub-20 eliminada na terça-feira (12), no Mundial da categoria no Canadá. O Brasil perdeu por 5 a 1 para a Alemanha.

Como a seleção masculina principal, que perdeu por 7 a 1 para os alemães na semifinal da Copa do Mundo, as meninas sofreram cinco gols em um só tempo.

Imediatamente foram feitas comparações, o que fez Djenifer desabafar por meio de uma rede social.

Vale ler a íntegra abaixo:

Infelizmente hoje deixamos a competição tão sonhada por todos, tivemos jogos duros , que no qual sabemos que jogamos contra AS MAIORES potências do futebol feminino na atualidade, hoje perdemos de 5×1 para a Alemanha, é tão fácil agora falar HUMILHAÇÃO, DE NOVO SÓ QUE AGORA COM A FEMININA, mas creio que quem fala isso literalmente NAO ASSISTOU O JOGO e só olhou o placar. É fácil agora comparar a derrota com a seleção masculina, mas me diz, porque não compara o salário, porque não compara as estruturas, o investimento, o nível de profissionalismo, porque? Sites que nunca se quer falaram que teria o campeonato, ou os horário dos jogos, agora quer criticar? Com que moral? A. esqueci que polêmica da mais audiência.. Pelo amor de Deus vamos acordar !!!! Para finalizar parabenizo TODOS que aqui estiveram e sabem o quanto lutamos!!!

A comparação que Djenifer pede, realmente, mostra um abismo gigante.

Por exemplo: uma das equipes que participaram do último Campeonato Brasileiro Feminino, segundo apurou o Blog, tinha folha salarial de R$ 50 mil mensais, com salários que variavam de R$ 650 a R$ 4 mil.

A maior parte do elenco da seleção brasileira masculina profissional que disputou a Copa do Mundo ganha, individualmente, cem vezes mais do que a atleta com maior salário do time feminino usado como exemplo.

O último Nacional teve a participação de 20 equipes, número bom, mas muitas equipes disputam a competição em um ano, e são encerradas, deixam de existir, no outro, principalmente por falta de patrocínio, deixando dezenas de garotas desempregadas.

O futebol feminino no Brasil, que teve a melhor jogadora do mundo, Marta, por anos, ainda é semi profissional.

Djenifer Becker machucou o nariz em partida do Brasil no Mundial sub 20. Ela jogou com proteção (Jason Franson/Associated Press)

Djenifer Becker machucou o nariz em partida do Brasil no Mundial sub 20. Ela jogou o restante da competição com proteção (Jason Franson/Associated Press)

 

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