Folha de S.Paulo

Um jornal a serviço do Brasil

  • Assine a Folha
  • Atendimento
  • Versão Impressa
Seções
  • Opinião
  • Política
  • Mundo
  • Economia
  • Cotidiano
  • Esporte
  • Cultura
  • F5
  • Classificados
Últimas notícias
Busca
Publicidade

Blog da Seleção

Notícias, comentários e bastidores da seleção brasileira de futebol

Perfil Marcel Rizzo é repórter de Esporte

Perfil completo

Pressão para mudança do calendário já acontece dentro da própria CBF

Por Marcel Rizzo
30/10/14 11:14

De São Paulo – Já há movimento dentro do departamento de seleções da CBF para brigar por uma mudança no calendário do futebol brasileiro e que as datas Fifa não coincidam, ou que coincidam o mínimo possível, com rodadas das competições nacionais.

Já houve reunião entre membros da diretoria de seleções com a cúpula da CBF e até com parceiros da entidade, como emissoras de televisão, para tratar do assunto.

O consenso, no momento, é que gradativamente pode se diminuir a coincidência de datas, mas sem resolver totalmente o problema. Mesmo com alterações, o fim da data Fifa ficaria muito próximo, diferença de um dia, da rodada seguinte da competição nacional, e isso obrigaria jogadores a viagens longas dentro de aviões para estarem em campo por seus clubes.

As datas Fifa atrapalham os times, que perdem seus principais jogadores, mas também o planejamento das seleções quando é preciso abrir mão de atletas, como aconteceu agora para a data Fifa de novembro.

Dunga, a pedido da presidência da CBF, não chamou aqueles que jogam no Brasil para enfrentar a Turquia (dia 12) e a Áustria (dia 18).

Veja: Marin e Dunga cedem depois de ligação de clubes

Para 2015, haverá cinco rodadas da Série A e quatro da B durante a Copa América, entre junho e julho. Em outubro e novembro, a CBF evitou marcar jogos durante as datas Fifa, quando acontecerão as primeiras rodadas das Eliminatórias para a Copa de 2018.

Mas os jogos do Brasileiro acontecem um dia depois do fim das partidas das seleções, o que pode ocasionar a maratona para retornar das viagens citada anteriormente.

Leia mais: Para agradar clubes Gallo refaz convocação de seleção de base

A coincidência de datas não é interessante a ninguém. Mas a conclusão que todas as partes chegaram é que seria necessário enxugar os estaduais, hoje disputados em 19 datas, o que desagradaria as federações estaduais, principais eleitores para a presidência da CBF.

Veja o que o calendário atrapalha para:

Seleção Brasileira
Dunga e Alexandre Gallo precisaram fazer concessões nesta data Fifa de novembro, e o trabalho foi descontinuado. Dunga perdeu três potenciais titulares (Jefferson, Elias e Diego Tardelli) e Gallo precisou desfazer uma convocação inteira de atletas até 20 anos.

Ambos já falaram ao presidente da CBF, José Maria Marin, que o calendário apertado atrapalha a preparação das seleções para a Copa-2018 e para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.

Clubes
Ficam sem jogadores importantes durante as competições. Mas não querem o fim dos jogos de seleções, já que seus atletas se valorizam quando convocados. Não há clube reclamando de ceder seu craque em março, por exemplo, quando os Estaduais estão no início.

Jogadores
Perdem a chance de defender a seleção e, sem sequência, de disputar uma Copa ao fim da preparação. Caso recente é o do volante Lucas Silva, do Cruzeiro, considerado por Alexandre Gallo um dos pilares da seleção olímpica, e já indicado pelo técnico da base a Dunga para o time principal.

E essa chance a Lucas Silva, 21, poderia ter chegado em outubro, nos jogos contra Argentina e Japão, quando Dunga perdeu machucados os volantes Ramires e Fernandinho. Só que o Cruzeiro já tinha dois convocados, e a CBF evitou desfalcar ainda mais o clube mineiro. Com isso Lucas Silva ficou fora.

TV
Tem as principais partidas da grade desvalorizadas sem os grandes jogadores que atuam no país, que estão convocados.

O repórter entra em férias em novembro

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Sete jogadores ganham chance com a não convocação de 'brasileiros'

Por Marcel Rizzo
23/10/14 16:38

De São Paulo – Sete jogadores lamentam, outros sete festejam.

Ao ceder aos clubes e não convocar jogadores que atuam no Brasil para os jogos contra Turquia (dia 12 de novembro) e Áustria (18), o técnico Dunga testará sete atletas que provavelmente não teriam chance caso a cúpula da CBF não tivesse pedido ao treinador para poupar os “brasileiros” e não desfalcar as rodadas decisivas do Brasileiro e da Copa do Brasil.

Leia mais: Dunga cede e não convoca jogadores que atuam no Brasil para amistosos

Os beneficiados e os prejudicados foram:

Goleiros
Entra: Diego Alves. Sai: Jefferson
Entra Neto. Sai: Marcelo Grohe

Meio de campo
Entra: Casemiro. Sai: Elias
Entra: Lucas. Sai: Everton Ribeiro
Entra: Roberto Firmino. Sai: Ricardo Goulart

Atacantes
Entra: Luiz Adriano. Sai: Diego Tardelli
Entra: Douglas Costa. Sai: Robinho

Os são-paulinos Kaká e Souza só estiveram na última lista porque Ricardo Goulart e Ramires se machucaram. O zagueiro corintiano Gil provavelmente não seria chamado para os jogos de novembro, já que Thiago Silva está recuperado de lesão.

Como Dunga já disse mais de uma vez, quem ganha chance pode ocupar a “cadeira” daquele que a deixou vazia.

 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Dunga poderia inchar convocação para aguardar a definição da Copa do Brasil

Por Marcel Rizzo
22/10/14 12:03

De São Paulo – Dunga não pretende abrir mão nos jogos de novembro de Diego Tardelli, seu homem de referência no ataque nesse reinício de trabalho.

Só que desta vez talvez tenha que ceder se o jogador estiver na final da Copa do Brasil com seu Atlético-MG, o que Dunga só saberá depois de anunciar a lista de convocados nesta quinta-feira (23).

A solução pode ser fazer uma convocação mais inchada, com mais de 22 atletas, e só dispensar Tardelli em caso de classificação do Atlético-MG para a decisão do torneio mata-mata. Poderia haver um corte, antes da apresentação (em 10 de novembro) para enfrentar a Turquia (12) e Áustria (18), daqueles atletas que estiverem na decisão.

Dunga convoca nesta quinta sem saber se Santos, Atlético-MG ou Cruzeiro estarão na final da Copa do Brasil, que tem primeiro jogo marcado para 12 de novembro, bem no início da data Fifa quando a seleção já estiver na Europa.

Se o Atlético de Tardelli perder para o Flamengo na semifinal, a pressão será bem menor para tirá-lo da lista (com certeza Dunga não vai tirá-lo nessa situação).

Mas por que Dunga não quer abrir mão de seus preferidos?

A primeira competição oficial do treinador pós-retorno, a Copa América, acontecerá em junho e julho do ano que vem e será o termômetro de seu trabalho.

Marco Polo Del Nero, que já comanda a CBF como vice, mas assumirá oficialmente em abril de 2015, terá poucos meses no comando, e qualquer problema que aconteça será fácil para ele mudar o comando técnico da seleção argumentando que acabara de assumir a presidência e prefere um técnico “seu”.

Por isso é essencial para Dunga ganhar, ou ao menos ir muito bem, na Copa América do Chile. Mas sabe quantos jogos o técnico terá a partir de agora até convocar o time para essa competição? Quatro. Já somando as partidas de novembro contra Turquia e Áustria.

Este período curto de preparação motiva Dunga a não abrir mãos de jogadores a clubes, e tem o respaldo da CBF para isso.

O problema é que a pressão nesta data Fifa de novembro será enorme, porque coincidirá com as rodadas decisivas do Brasileiro, até duas, e com o primeiro jogo da final da Copa do Brasil. Que pode ter Tardelli e outros convocáveis, como o santista Robinho e os cruzeirenses Everton Ribeiro e Ricardo Goulart.

Como Tardelli é o único titular da seleção entre esses nomes, Dunga tem uma rejeição maior em deixá-lo fora da lista.

Diego Tardelli é marcado por Mascherano em jogo que o atacante fez dois gols na Argentina (Crédito: How Hwee Young/EFE)

Diego Tardelli é marcado por Mascherano (14) e Demichelis (15) em jogo no qual o atacante fez dois gols na Argentina (Crédito: How Hwee Young/EFE)

 

 

 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Joelho não deixou Ronaldo atingir marca que é o destino de Neymar

Por Marcel Rizzo
16/10/14 16:31

De São Paulo – Ronaldo fez 99 jogos pela seleção brasileira e 62 gols. Ficou a 15 de igualar Pelé, o maior artilheiro do Brasil com 77.

Provavelmente se Ronaldo tivesse tido uma carreira saudável teria ultrapassado Pelé e hoje seria o maior goleador do Brasil. Em 13 anos jogando com a camisa amarela, duas lesões no joelho prejudicaram sua participação na seleção entre 1999 e 2002 principalmente.

Ronaldo encerrou a carreira na seleção novo, aos 29 anos em após a Copa de 2006. O físico, e talvez até sua não disposição em continuar concentrado durante as convocações, fez com que desistisse cedo.

Em 2011 houve uma despedida, no Pacaembu, em amistoso contra a Romênia, na qual Neymar, que era agenciado na época pela 9ine, a empresa de marketing esportivo do Fenômeno, participou ao seu lado no ataque.

Provavelmente se Neymar tiver uma carreira saudável, ele ultrapassará Zico, Romário, Ronaldo e Pelé, e será o maior artilheiro da história da seleção.

Leia mais: Os artilheiros da seleção brasileira

Uma conta simples, com base em sua média de gols pelo Brasil, mostra que Neymar pode passar Pelé e marcar 78 gols logo depois da Copa de 2018, quando terá 26 anos. Um fenômeno.

É possível projetar até Neymar marcando 100 gols, algo inédito mesmo se contar gols por seleções de base, olímpica, do exército, jogo-treino e partidas contra combinados – com esses números Pelé tem 95 gols.

Ronaldo e Neymar (11) jogaram juntos uma vez pela seleção, em 7 de junho de  2011, na despedida do camisa 9 em amistosos contra a Romênia (Crédito: Jefferson Bernardes/AFP)

Ronaldo e Neymar (11) jogaram juntos uma vez pela seleção, em 7 de junho de 2011, na despedida do camisa 9 em amistoso contra a Romênia (Crédito: Jefferson Bernardes/AFP)

 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Dunga inicia queda de braço com quem organiza os jogos da seleção

Por Marcel Rizzo
13/10/14 12:35

De Brasília – Primeiro Dunga reclamou do fuso horário de jogar em Pequim, que deixava seus jogadores cansados.

Agora a reclamação foi com o gramado do Estádio Nacional de Cingapura, que nesta terça (14) recebe o amistoso da seleção contra o Japão. Sobre gramado, aliás, Dunga e jogadores já tinham reclamado da situação do campo na China, apesar da vitória de 2 a 0 sobre a Argentina no sábado (11).

Dunga, discretamente, inicia uma queda de braço com as empresas que organizam os jogos da Seleção. Para quem não sabe, não é a CBF que define rivais e locais de jogos de sua seleção principal.

A empresa árabe ISE tem um contrato até 2022 para organizar as partidas do Brasil, e terceiriza essa função para os ingleses do marketing esportivo da Pitch International, que efetivamente define os adversários e onde se jogará.

Sobre adversários a CBF palpita, e algumas vezes é ouvida. Foi solicitado antes até da Copa-2014, por exemplo, enfrentar rivais sul-americanos com mais frequência nesses próximos meses, para iniciar conhecimento sobre os confrontos que a seleção de Dunga terá nas Eliminatórias para a Copa-2018, a partir de outubro de 2015.

A Pitch marcou então jogos contra Colômbia, Equador e Argentina.

Já sobre onde acontecem os jogos, a decisão é totalmente voltada ao marketing. Normalmente a Pitch vende o jogo para empresas, que pagam, em média, R$ 3 milhões para ter o Brasil, e faturam em cima da receita que a partida gera: valores de publicidade, ingressos, entre outros.

Se a Pitch consegue vender o jogo para uma empresa que tem a Ásia como foco naquele momento, é na China e em Cingapura que o Brasil jogará. Não importa se o Ninho de Pássaro não recebe uma partida de futebol há séculos ou se o Nacional de Cingapura parece um pasto.

O que pode ajudar Dunga é que quando começarem as Eliminatórias ele sabe que em 18 jogos a seleção atuará nove deles no Brasil, onde quiser, e outros nove pela América do Sul, em campos conhecidos. Já os amistosos continuarão a ser marcados sem o seu pitaco, por mais que reclame.

IMPRENSA

Dunga teve seu primeiro embate com jornalistas desde que reassumiu o comando técnico da seleção.

Ele questionou pergunta de um repórter da TV Globo sobre o gesto que fez para um membro da comissão técnica da Argentina, no jogo de sábado (11) – leia detalhes aqui.

Em entrevista à Folha durante os jogos nos EUA de setembro, o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, disse que na conversa para contratar o treinador o tema bom relacionamento com a imprensa foi abordado e que Dunga demonstrou amadurecimento depois de problemas na primeira passagem, até com bate-boca em coletiva na Copa-2010.

A reação em Cingapura pode fazer com que uma nova conversa a respeito seja necessária entre a cúpula da entidade e o treinador.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Gedoz, o sotaque espanhol na seleção olímpica

Por Marcel Rizzo
10/10/14 09:10

De Cuiabá – O sotaque mostra que Felipe Gedoz, gaúcho de 21 anos, passou os últimos três anos pouco falando português.

Novidade na seleção olímpica convocada por Alexandre Gallo para enfrentar a Bolívia nesta sexta (10), em Cuiabá (22h de Brasília), e na segunda (13) os EUA, em Brasília, o jogador nunca atuou profissionalmente no Brasil.

Do Juventude, onde esteve na base, foi jogar no Defensor, clube que seu empresário representou por anos e que deu chance para Gedoz se tornar profissional.

Uma ótima Libertadores este ano despertou o interesse de clubes brasileiros, mas quem o levou foi o Brugge, da Bélgica.

Nesta entrevista ele contou que espera ter chance de jogar nesses dois amistosos para ficar um pouquinho mais conhecido no país em que nasceu.

Blog: Como está sendo a experiência de pela primeira vez estar na seleção brasileira?
Felipe Gedoz: Uma experiência única, um sonho que está sendo realizado. Espero uma oportunidade do professor Gallo, já que todo mundo fala que sou desconhecido no Brasil.

Te incomoda esse discurso de que ninguém te conhece no país em que nasceu?
Isso é normal com muitos jogadores, aconteceu por exemplo com o Hulk. Ninguém conhecia ele direito quando foi chamado a primeira vez [em 2009], Mas a Libertadores me ajudou a ficar um pouco mais conhecido.

Você foi cotado para se naturalizar e defender a seleção uruguaia. Te passou pela cabeça isso?
Com certeza passou. Ate agora pouco mesmo lá no Uruguai havia muitas especulações para poder jogar na seleção uruguaia. Conversaram comigo se eu aceitaria, eu disse que sim. Porque no Brasil tem muito jogador, estamos lá fora, não dá para saber. Quando eles conversaram isso comigo aceitei a proposta, mas nunca descartei a seleção brasileira.

Você chegou a preparar a papelada para “virar” uruguaio?
Não fiz documentação nenhuma. Até pensamos nisso, o treinador da seleção lá [Oscar Tabarez] pediu, foi quando veio essa convocação para a seleção brasileira. Conversei com meu empresário e achamos melhor ficar com o Brasil.

Mas caso o Gallo ou o Dunga, na seleção principal, não te chamarem mais você pode optar ainda pelo Uruguai? [pelas regras da Fifa o atleta só não pode jogar por outra seleção se participar de competição oficial].
É difícil imaginar [se terá mais chances] porque são dois jogos só, é complicado. Se fosse um torneio, alguma coisa assim, poderia mostrar mais. Vamos esperar a oportunidade do professor e agradar.

Como você saiu de Muçum, cidade de quase cinco mil habitantes do Rio Grande do Sul, para jogar em Montevidéu?
Minha história é longa [risos]. Já saí de casa com 11 anos, saí de casa para jogar futebol. Com 15 anos fui pro Juventude, em Caxias do Sul, fiquei dois anos, três anos quase lá. Para o Uruguai fui com 18 anos, um dos meus empresários me perguntou se queria fazer um teste no Defensor. Perguntou se eu não sentiria saudade do Brasil, eu disse que lógico que sentiria, mas que já estava acostumado.

As boas exibições te levaram para a Bélgica, mas não houve clubes brasileiros interessados?
Pelo que sei tinham muitos times brasileiros interessados, principalmente depois dos jogos que fiz contra o Cruzeiro na Libertadores. O próprio Cruzeiro, o Atlético-MG, o Santos, o Grêmio, o Inter, o Palmeiras, Fluminense, alguns foram até o Uruguai, mas proposta mesmo só do Brugge.

Você já fala com um sotaque. Já sente dificuldade em falar algumas palavras de português?
Não digo dificuldade, mas foram três anos no Uruguai e não tinha brasileiro, e agora por incrível que pareça, lá na Bélgica, tem sete falando espanhol, até o gerente do clube também fala espanhol. Então é muito tempo só falando espanhol. A gente não esquece, às vezes mistura as palavras, mas não tem problema.

Por que você acha que tantos jogadores de qualidade não conseguem se profissionalizar no Brasil e precisam fazer isso em outros países?
A concorrência no Brasil é muito grande. Não dá para concorrer [por facilidade de oportunidade] com o Uruguai, lá são 3 milhões de pessoas, a possibilidade de se destacar e chegar a um time europeu, por exemplo, é muito maior do que no Brasil.

 

 

 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

O corintiano que deve ser o titular da seleção

Por Marcel Rizzo
07/10/14 15:40

De São Paulo – Após as vitórias sobre Colômbia e Equador, em setembro, nos EUA, Dunga repetiu mais de uma vez que na seleção há cadeiras vazias, e quem sentar e aproveitar pode se tornar o dono dessa cadeira.

Chegou a vez de Elias sentar na cadeira.

Primeiro foi Ramires quem se machucou. Titular nas vitórias de 1 a 0 sobre colombianos e equatorianos, o meia do Chelsea já não havia sido brilhante nessas partidas.

Cortado, Dunga optou por chamar o são-paulino Souza, estreante na seleção que deve usar os jogos na Ásia contra Argentina e Japão como experiência.

Para a vaga de Ramires, Dunga tinha duas opções: Fernandinho e Elias. Tinha, porque o volante do Manchester City também se lesionou e foi desconvocado. Rômulo, ex-Vasco e jogador do Spartak Moscou, foi o escolhido para substituí-lo no elenco.

Rômulo já teve passagem pela seleção principal, mas também não espere que o Dunga o alce a titular. Por esse raciocínio, e imaginando que o técnico manterá a base dos jogos de setembro, Elias será o titular do meio campo da seleção junto com Luiz Gustavo, Oscar e Willian no próximo sábado (11), contra a Argentina de Messi em Pequim.

Leia mais: Lesão também fez Kaká ser reconvocado para a seleção

Aos 29 anos, Elias tem 15 jogos pela seleção. Cinco foram como titular, sempre com Mano Menezes, técnico que o treinou duas vezes no Corinthians e uma no Flamengo.

A carreira de Elias é peculiar. Iniciou como centroavante no Palmeiras, mas devido à baixa estatura acabou sendo recuado primeiro para armador e depois para segundo volante.

Um volante que sabe jogar e que brilhou no Corinthians de Mano de 2008 a 2010.

Vendido ao Atlético de Madrid, sofreu na Europa (negociado depois com o Sporting-POR) e perdeu a chance de estar na Copa do Mundo de 2014.

De volta ao Brasil, se destacou no Flamengo e depois voltou ao clube que o projetou internacionalmente, onde tem altos e baixos. No momento, não vive a melhor fase, mas é experiente.

As lesões de Ramires e Fernandinho abrem espaço para um jogador que em 2018, na Copa da Rússia, terá 33 anos. Experiência que o meio de campo de Dunga talvez precise.

Elias (22) marca Guarin em jogo da seleção contra a Colômbia, dia 5 de setembro, na reestreia de Dunga (Crédito: Robert Mayer/ USA Today Sports)

Elias (22) observa Philippe Coutinho marcar Guarin em jogo da seleção contra a Colômbia, dia 5 de setembro, na reestreia de Dunga (Crédito: Robert Mayer-5.set.2014/ USA Today Sports)

 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Kaká é o são-paulino preferido de Dunga

Por Marcel Rizzo
01/10/14 15:14

De São Paulo – Nenhum integrante do quarteto ofensivo do São Paulo foi convocado por Dunga para os amistosos contra Argentina (dia 11 de outubro, em Pequim) e Japão (dia 14, em Cingapura), para tristeza de Carlos Miguel Aidar, presidente são-paulino que gostaria de ver seus atletas valorizados.

Para aumentar a tristeza do cartola, nem Alan Kardec, nem Alexandre Pato e muito menos Paulo Henrique Ganso são os integrantes do quarteto preferidos de Dunga – jogadores que valorizados podem render dinheiro ao São Paulo.

Kaká, que só fica no São Paulo até o fim do ano porque já tem acordo com um time dos EUA, é o são-paulino que agrada o técnico da seleção brasileira.

Dunga elogiou bastante Kaká em entrevista que deu no dia 24 de setembro ao canal “Fox Sports”. Camisa 10 da seleção na Copa de 2010, na África do Sul, quando Dunga foi o treinador, o meia de 32 anos pode dar experiência a um setor do campo que  não tem um “trintão”.

O quarteto do meio que Dunga escalou nos dois primeiros jogos que fez desde que retornou (vitórias de 1 a 0 sobre Colômbia e Equador) teve Luiz Gustavo (27 anos), Ramires (27), Willian (26) e Oscar (22).

Na defesa Dunga tem Thiago Silva, 30, que não tem sido convocado por estar machucado, como o cara de experiência para o técnico poder escalar novidades como Marquinhos, que só tem 19 anos.

No ataque, Robinho, 30, ganhou chance na primeira lista com a lesão de Hulk e foi confirmado na segunda convocação para os jogos de outubro. Difícil vê-lo como titular do time, mas pode ser o jogador escalado para o ataque em caso de emergência (como uma lesão de Neymar, por exemplo).

No meio de campo falta esse jogador tarimbado, que deve ser Kaká. Resta saber se ele será convocado como jogador do São Paulo, para a data Fifa de novembro, ou apenas em 2015 já como atleta do Orlando City.

ATUALIZAÇÃO: Nesta quinta-feira (2), Dunga convocou o volante Souza, que vem se destacando nas partidas do São Paulo. Ele vai substituir Ramires nos jogos de outubro, cortado devido a lesão. Souza ganha uma chance principalmente porque Lucas Silva, do Cruzeiro, não pôde ser chamado porque o time mineiro já tem dois atletas chamados para essas partidas (Ricardo Goulart e Everton Ribeiro), e o técnico decidiu evitar desfalcar ainda mais os mineiros no Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.

Kaká em ação contra a Coreia do Norte, na Copa de 2010 (Crédito: Eduardo Knapp - 15.jun.2010/Folhapress)

Kaká em ação contra a Coreia do Norte, na Copa de 2010 (Crédito: Eduardo Knapp – 15.jun.2010/Folhapress)

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Argentina e Messi podem outra vez amenizar a desconfiança sobre Dunga

Por Marcel Rizzo
24/09/14 15:00
Elano (7) e Fred comemoram gol contra a Argentina, no jogo em que Dunga "virou" treinador (Crédito:  Geoff Caddick - 3..set.2006/Efe)

Elano (7) e Fred comemoram gol contra a Argentina, no jogo em que Dunga “virou” treinador (Crédito: Geoff Caddick – 3.set.2006/Efe)

De São Paulo – Um 3 a 0 sobre a Argentina, em setembro de 2006, começou a espantar a desconfiança que se tinha sobre Dunga como treinador.

Iniciante na profissão, o ex-volante campeão do mundo em 1994 havia sido contratado pelo então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para que reeduca-se os jogadores brasileiros sobre o significado de jogar pela seleção.

Este pelo menos era o (bonito) discurso depois da horrível campanha na Copa da Alemanha, meses antes, quando alguns atletas sorriram e fizeram festa após a eliminação para a França nas quartas de final.

Ninguém duvidava que Dunga poderia formar um time aguerrido, mas se colocava em xeque se ele poderia formar um… time de futebol.

No dia 3 de setembro de 2006, no Emirates Stadium, em Londres, o Brasil enfrentou seu maior rival, com Riquelme, Messi e Tevez em campo, e venceu por 3 a 0 jogando um ótimo futebol. Era o segundo jogo de Dunga, que na estreia havia só empatado com a fraca Noruega por 1 a 1.

A partir dali, Dunga passou a ser visto como um treinador que poderia dar um padrão de jogo (gostando-se ou não do estilo mais aguerrido) à seleção. Jogadores como Elano, Robinho, Maicon e Kaká, este sob desconfiança porque era titular na Copa, ganharam a confiança do treinador e seguiriam até o Mundial seguinte, em 2010, na África do Sul.

Leia mais: Dunga convoca jogadores para partidas contra Argentina e Japão

Daqui pouco mais de duas semanas, Dunga terá novamente a Argentina pela frente em seu terceiro jogo desde que reassumiu depois do vexame no Mundial disputado em casa.O jogo será em Pequim.

Mesmo vencendo Colômbia e Equador (ambos por 1 a 0) nos primeiros confrontos deste recomeço, há desconfiança porque Dunga não teve sequencia como treinador após deixa a seleção (só dirigiu o Inter) e optou por fazer uma renovação gradual depois do vexame na Copa-2014, em casa.

O que pode ajudar Dunga a dissipar mais um pouco essa desconfiança, além de bater a Argentina, é que desta vez o início de trajetória é mais complicado do que o anterior, comparando os cinco primeiros jogos de cada passagem e levando em consideração o ranking dessas seleções na Fifa no período em que os jogos aconteceram.

Em 2006, além de Noruega, Argentina e País de Gales, Dunga encarou até um clube, o Al Kuwait Sports, naqueles jogos comemorativos que só servem para que as empresas que têm direito sobre os jogos do Brasil lucrem.

O quinto rival foi o Equador, em pior fase do que o time equatoriano que Dunga enfrentou no início deste mês, nos EUA.

OS RIVAIS DE DUNGA NO INÍCIO DE TRABALHO

2006

Noruega – 49° no ranking Fifa (1×1)

Argentina – 3° (3×0)

País de Gales – 77º (2×0)

Al-Kuwait (clube) (4×0)

Equador – 34° (2×1)

2014

Colômbia – 3° (1×0)

Equador – 21° (1×0)

Argentina – 2° (11 de outubro em Pequim)

Japão – 48° (14 de outubro, em Cingapura)

Turquia – 38° (12 de novembro, em Istambul)

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Quer jogar na seleção? Seja lateral

Por Marcel Rizzo
17/09/14 15:33

De São Paulo – A segunda lista de convocados de Dunga nesta sua nova passagem pela seleção só teve mudanças nas laterais.

Está claro que depois da dispensa de Maicon, que se atrasou para voltar à concentração após uma folga entre os amistosos realizados nos EUA, aqueles que jogaram a Copa não estão nos planos do treinador para esta função.

Dos 22 chamados para os jogos contra Argentina, dia 11 de outubro, em Pequim, e Japão, dia 14, em Cingapura, somente nas laterais não há remanescentes do Mundial de 2014 (são oito no total).

Na direita, Maicon, pela indisciplina, dificilmente terá nova chance. Daniel Alves, que esteve de saída do Barcelona mas acabou ficando no clube espanhol, foi mal avaliado dentro de campo na Copa do Mundo. Só deve reaparecer se ninguém conquistar a titularidade em breve.

Na esquerda, Marcelo até foi chamado para os amistosos nos EUA, mas só porque Alex Sandro se machucou. Dunga não tem afeição pelo jogador desde os Jogos Olímpicos de 2008, quando ele foi titular e não teve boa participação. O reserva no Mundial Maxwell, aos 33 anos, é considerado veterano para brigar por uma vaga na Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Leia mais: Seleção desfalcará líder e mais da metade dos times da Copa do Brasil

E neste lado esquerdo do campo já há um titular bem encaminhado. Nos primeiros dois jogos, contra Colômbia e Equador, Filipe Luís ganhou pontos com Dunga dentro de campo, com duas atuações seguras, e fora também.

Ele já é candidato a ser um dos líderes do time. A chance para a reserva agora será dada para Dodô, 22, ex-Corinthians e hoje na Inter de Milão (ITA).

Na direita, esse titular não existe. Danilo, do Porto, ganhou nova chance apesar de não ter feito uma partida exuberante contra o Equador, em Nova Jersey. E surge uma oportunidade para Mário Fernandes, jogador revelado pelo Grêmio e que está no CSKA, da Rússia.

Fernandes, 23, estava marcado na seleção por ter pedido a desconvocação em 2011, sob comando de Mano Menezes, justamente para um confronto contra a Argentina pelo Superclássico das Américas. Na época alegou ter problemas particulares. “Todos podem ter uma segunda chance”, disse Dunga, que definiu o lateral como um jogador tímido.

A briga está aberta nesta posição no momento.

Filipe Luís marca Cuadrado, em jogo do Brasil contra a Colômbia em setembro (Crédito: Lynne Sladky/Associated Press))

Filipe Luís (6) marca Cuadrado, em jogo do Brasil contra a Colômbia em setembro (Crédito: Lynne Sladky/Associated Press)

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor
Posts anteriores
Posts seguintes
Publicidade
Publicidade
  • RSSAssinar o Feed do blog
  • Emailmarcel.rizzo@grupofolha.com.br
  • Twitter@marcrizzo

Buscar

Busca
Publicidade
  • Recent posts Blog da Seleção
  1. 1

    Blog deixa de ser atualizado

  2. 2

    Faltou o Barbosa de 2014 para o Brasil não perder de 7 a 1 para a Alemanha

  3. 3

    Contrato impede tirar jogo dos EUA, país que derrubou a cartolagem

  4. 4

    O medo de pela primeira vez ficar fora de uma Copa do Mundo

  5. 5

    Onze nomes que você gostaria de ter no seu time. Por que não na seleção?

SEE PREVIOUS POSTS

Blogs da Folha

Publicidade
Publicidade
Publicidade
  • Folha de S.Paulo
    • Folha de S.Paulo
    • Opinião
    • Assine a Folha
    • Atendimento
    • Versão Impressa
    • Política
    • Mundo
    • Economia
    • Painel do Leitor
    • Cotidiano
    • Esporte
    • Ciência
    • Saúde
    • Cultura
    • Tec
    • F5
    • + Seções
    • Especiais
    • TV Folha
    • Classificados
    • Redes Sociais
Acesso o aplicativo para tablets e smartphones

Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).