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Notícias, comentários e bastidores da seleção brasileira de futebol

Perfil Marcel Rizzo é repórter de Esporte

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Por que Alexandre Gallo deve perder o comando da categoria de base da CBF

Por Marcel Rizzo
11/02/15 09:22
Alexandre Gallo em jogo da seleção sub-20 contra o Peru, pelo Sul-Americano (Crédito: Jorge Adorno/Reuters)

Alexandre Gallo em jogo da seleção sub-20 contra o Peru, pelo Sul-Americano (Crédito: Jorge Adorno/Reuters)

De São Paulo – Alexandre Gallo foi contratado em janeiro de 2013 para ser o técnico da seleção brasileira sub-20.

Naquele mês, o Brasil teve um desempenho horrível no Sul-Americano da categoria e o treinador Emerson Ávila foi demitido depois de o time nem passar para o hexagonal decisivo do torneio.

Um vexame que rendeu a não classificação para o Mundial, aquele ano disputado na Colômbia.

Inicialmente, Gallo seria apenas o treinador de uma geração que três anos depois teria a idade para disputar os Jogos Olímpicos, em casa. Um projeto apresentado por ele ao vice-presidente da CBF, e hoje presidente eleito, Marco Polo Del Nero visava preparar esses jovens até 2016.

Outras ideias de Gallo agradaram a Del Nero, como a criação de novos campeonatos para a base, organizados pela CBF, e mudanças na legislação para que garotos com menos de 14 anos possam ter vínculos com os clubes.

Leia mais sobre o projeto de Alexandre Gallo

Gallo se tornou, além de técnico do sub-20, o coordenador de toda a base da CBF – cargo que inicialmente seria oferecido ao ex-atacante Bebeto, parceiro de Romário na Copa de 1994.

O fracasso na Copa de 2014, que teve o ápice na derrota de 7 a 1 para a Alemanha na semifinal, fez com que o ouro olímpico, único título que o Brasil não tem no futebol, se tornasse prioridade para Marco Polo Del Nero. Afinal, ele estará no poder daqui um ano e meio e ficará marcado para sempre como o presidente do título olímpico, se ele vier.

Com Felipão fora da seleção principal, Dunga foi contratado após sugestão do novo coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi. E algo que estava sendo desenhado desde o início de 2014 foi confirmado: Gallo será o técnico na Olimpíada.

No discurso oficial, significa que Dunga se preocupará apenas em classificar a seleção principal para a Copa da Rússia, em 2018. E não será pressionado em caso de fracasso nos Jogos do Rio, como Mano Menezes foi em 2012 após perder a final da Olimpíada para o México, em Londres. Ele treinava o time principal e o sub-23.

Gallo, ao mesmo tempo em que Dunga convoca os craques da seleção, trabalha com um time olímpico, com jogadores que, em 2015, são sub-22.

O problema é que chegará um momento em que os trabalhos de Dunga e Gallo entrarão em conflito. Em conversas informais, Gallo já dizia que gostaria de ter Neymar e os outros dois jogadores acima de 23 anos que poderá chamar em 2016, em alguns amistosos antes disso.

É necessário que seja em data-Fifa, e Dunga não pretende liberar Neymar da seleção principal em nenhum destas datas, até porque em outubro começam as Eliminatórias.

A má atuação da seleção brasileira sub-20 no Sul-Americano da categoria em janeiro, no Uruguai, escancarou algo que estava sendo trabalhado nos bastidores da CBF: Rinaldi percebeu que Gallo era o chefe dele mesmo. Coordenando a base, ele jamais demitiria a si mesmo, o técnico do sub-20 e do time sub-23.

Leia mais: Brasil perde da Colômbia e termina em quarto

Em breve, a CBF deve anunciar um novo coordenador de base, informação divulgada inicialmente pelo portal UOL. Como publicado na coluna Painel FC,, Erasmo Damiani, do departamento de base do Palmeiras, foi sondado pela CBF.

A situação fará com que o Mundial sub-20, entre maio e junho deste ano, seja fundamental para Gallo. Se o Brasil for mal novamente, poderá ter pressão interna para que ele saia, a um ano da Olimpíada.

O que faria com que Dunga se tornasse o nome natural para dirigir o time olímpico em 2016.

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'Projeto CBF' de executivo palmeirense prevê fornecer atletas à seleção

Por Marcel Rizzo
04/02/15 10:16

De São Paulo – Em 2012, Ricardo Goulart estava no Goiás depois de uma passagem frustrada pelo Internacional. Contratado em 2013 pelo Cruzeiro, no ano seguinte estava na seleção brasileira.

Em 2012, Éverton Ribeiro capengava como uma promessa após fracassar no Corinthians. Jogava no Coritiba, quando foi contratado em 2013 pelo Cruzeiro e no ano seguinte estava na seleção brasileira.

Em comum aos dois jogadores, dois personagens: o executivo Alexandre Mattos e o técnico Marcelo Oliveira. Mattos montou um Cruzeiro praticamente sem estrelas e Oliveira fez desses jogadores o time bicampeão brasileiro em 2013/2014.

Marcelo Oliveira foi cotado pelo coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, para substituir Felipão como técnico da seleção brasileira, mas Dunga foi o escolhido.

Mattos deixou o Cruzeiro após três anos de trabalho e acertou com o Palmeiras para a temporada 2015. À pessoas próximas, disse sentir-se mais próximo de seu sonho: trabalhar com a seleção brasileira.

Veja as contratações do Palmeiras para 2015

Mattos pretende ser um fornecedor para o time de Dunga. No Cruzeiro, montou uma equipe que conseguiu projetar dois jogadores medianos ao cenário nacional e à seleção. Dificilmente Goulart, jogando na China, e Ribeiro no futebol árabe voltarão a ter chance com Dunga.

Leia mais: Negócio da China deve mudar a escalação da seleção brasileira

O fraco nível técnico no futebol desses países deve fazer com que o treinador aposte em outros jogadores.

Ao assumir a diretoria de futebol do Palmeiras, Mattos fez 18 contratações. Muitos jogadores que esnobariam o clube anos atrás toparam jogar em uma equipe que sofreu para não ser rebaixada em 2014 maravilhados com o projeto apresentado.

Para que o elenco montado por Mattos se torne novamente um fornecedor para a seleção, o dirigente depende que o técnico Oswaldo de Oliveira transforme as contratações em um time competitivo.

Se isso acontecer, dois jogadores são as apostas do executivo para servir a seleção em pouco tempo: o lateral-direito Lucas e o meia-atacante Dudu.

CONTRATAÇÕES DOS TIMES DA SÉRIE A EM 2015

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Lucas Silva, o próximo jogador a ganhar chance na seleção principal

Por Marcel Rizzo
28/01/15 09:11

De São Paulo – Numa lista de 12 nomes de atletas com idade olímpica (sub-23) que estariam prontos para o time principal, documento que o coordenador das categorias de base da CBF, Alexandre Gallo, enviou a Dunga após o treinador reassumir a seleção principal, Lucas Silva estava no topo.

Abaixo na lista estavam atletas como Anderson Talisca, Fred, Marquinhos, Fabinho, todos estes já convocados por Dunga. Lucas Silva, o preferido, ainda não foi.

O volante de 21 anos foi apresentado nesta semana ao Real Madrid. Não se tem ideia ainda como e quanto ele será utilizado por Carlo Ancelotti em um dos elencos estelares do futebol mundial, mas sua chance aumenta de ser chamado agora, e não devido a ter ido a um grande centro do futebol.

No Cruzeiro, Lucas Silva tinha concorrência interna. O calendário do futebol brasileiro não para quando há jogos da seleção brasileira em datas Fifa. Deste modo qualquer treinador do Brasil evita chamar mais de dois atletas por clube, para evitar desfalcá-los em excesso.

No Cruzeiro os preferidos de Dunga nos amistosos do segundo semestre de 2014 foram Everton Ribeiro e Ricardo Goulart. Curiosamente os dois devem perder espaço neste momento na seleção já que foram negociados para mercados em que o nível técnico é fraco.

Goulart vai jogar na China, Ribeiro nos Emirados Árabes. Algumas pessoas dizem que não há como sumir hoje no futebol globalizado, e é verdade. Mas o problema, para Dunga, não é sumir, mas disputar partidas em nível técnico fraco, o que prejudicaria o desempenho na seleção.

Lucas Silva fez o caminho inverso. Por mais que não seja protagonista do Real Madrid neste início de caminhada pela Espanha, ele estará treinando entre os melhores do mundo.

Na sua posição, Dunga já fez diversos testes, mas ainda há vagas em aberto. Elias não tem jogado bem no Corinthians, Ramires está em baixa no Chelsea. O queridinho de Gallo deve em breve se tornar o queridinho de Dunga.

CRUZEIRO EM 2014

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Negócio da China deve mudar a escalação da seleção brasileira

Por Marcel Rizzo
20/01/15 09:25

De São Paulo – Um dos argumentos da cúpula da CBF para recontratar Dunga era o de formar a seleção com atletas que quisessem estar na seleção.

Um dos pré-requisitos, portanto, para jogar no Brasil é priorizar o time da CBF, mesmo se você for reserva e, em uma necessidade, atuar fora de posição – como o zagueiro corintiano Gil, que estreou na seleção jogando dois minutos, de lateral, e foi muito elogiado por Dunga por entrar em campo com um sorriso de orelha a orelha apesar da adversidade.

A próxima convocação de Dunga, no início de março para o amistoso contra a França, no final do mesmo mês, vai mostrar se sair do Brasil para ficar milionário na China faz com que o jogador deixe de priorizar a seleção.

Diego Tardelli foi vendido pelo Atlético-MG para jogar no Shandong Luneng, clube da China que tem contratado a rodo principalmente brasileiros. Estima-se que Tardelli vá ganhar R$ 1 milhão por mês, valor que não receberia nem se jogasse em grande clube europeu.

Tardelli foi o titular de Dunga nos quatro primeiros amistosos, em setembro contra Colômbia e Equador, e outubro, contra Argentina e Japão.

Só não foi em novembro, frente Turquia e Áustria, porque Dunga foi proibido pela CBF de chamar atletas que atuavam no Brasil, já que acontecia naquele momento a reta final das principais competições.

Tardelli, assim como Ricardo Goulart, que esteve nas duas primeiras convocações e também jogará na China (no Guangzhou Evergrande), podem ter aberto mão de atuar pela seleção ao aceitar ganhar milhões.

O problema, nesse caso, é muito mais jogar em um nível técnico baixo do que desaparecer. No mundo globalizado de hoje, é muito fácil ver um jogo em qualquer lugar do mundo, só que o futebol chinês apesar de ter dinheiro e conseguir contratar alguns bons jogadores ainda engatinha em organização e qualidade dos times.

O Luneng está fazendo uma excursão pelo Brasil. No sábado, enfrentou o Palmeiras, também em início de temporada, no Allianz Parque. Um dos craques do time chinês é Aloisio, o Boi Bandido, ex-São Paulo.

O que chamou a atenção na partida não foram suas tentativas frustradas de gol por cobertura ou passe de letra, mas o quanto ele está fora de forma. Se jogasse no Brasil ou num mercado maior, voltaria das férias assim?

Leia mais: Luiz Adriano e Neymar na seleção brasileira

Luiz Adriano, do Shakhtar Donetsk, foi o titular da seleção no lugar de Tardelli nos amistosos de novembro e também agradou. A pergunta pode ser: qual a diferença entre Ucrânia e China?

Alguns anos atrás, realmente, ir para o futebol ucraniano era igualzinho ir para a China hoje. O nível técnico era fraquíssimo, o que limitava chamar um atleta desse país para disputar uma competição importante pela seleção.

Hoje mudou porque o Shakhtar Donetsk, por exemplo, o mais forte da Ucrânia, joga a Liga dos Campeões contra os melhores e é um grande fornecedor de atletas para os poderosos da Europa, veja Willian no Chelsea e Fernandinho no Manchester City.

A China pode até chegar um dia lá, mas alguém vê hoje Tardelli deixando o Luneng e indo para a Inglaterra? Provavelmente nem Dunga.

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Sul-Americano sub-20 vale sim vaga para os Jogos Olímpicos do Rio-2016

Por Marcel Rizzo
13/01/15 09:09

De São Paulo – Na quinta-feira a seleção brasileira sub-20 inicia o Campeonato Sul-Americano do Uruguai, em Maldonado.

Como já está classificado para os Jogos Olímpicos no Rio em 2016, por ser a sede, o torneio continental vale menos ao Brasil do que as outras seleções, já que é o eliminatório para a Olimpíada.

O campeão garante vaga direta, enquanto o vice disputará uma repescagem contra representante da Concacaf, confederação que engloba seleções das Américas do Norte, Central e do Caribe – se o Brasil ficar em primeiro ou segundo, o terceiro vai para a repescagem.

Se não vale vaga para a seleção, o Sul-Americano pode valer vaga na Olimpíada para jogadores. O técnico Alexandre Gallo, chefe do departamento de base da CBF, já vem trabalhando com um time olímpico.

Pelo regulamento do torneio, só podem participar dos Jogos atletas com até 23 anos no ano da competição, com exceção de três veteranos.

Leia mais: CBF usa programa de computador para evitar que estrelas joguem por outros países

A base olímpica, portanto, completará 22 anos em 2015, sendo dois anos mais velha do que os jogadores que estão indo para o Sul-Americano sub-20.

Poucos dos que estarão no Uruguai devem ir para a Olímpiada-2016, mas há candidatos.

O favorito deste elenco é o atacante Thalles, do Vasco. Com a falta de centroavantes no futebol brasileiro, que atinge também a base, o jogador tem sido chamado por Gallo para a seleção olímpica, apesar de mais novo que a idade limite. E tem agradado.

Forte, e com bom senso de posicionamento, é o preferido de Gallo hoje quando o Brasil joga com um centroavante – em alguns jogos ele opta por um time parecido com a seleção principal, de Dunga, sem um atacante fixo na área.

Mais no Blog: Time olímpico deverá ter veteranos convocados para uma mesma posição

Outro que andou frequentando a seleção olímpica e iria para o Sul-Americano era o bom meia Matheus Biteco, do Grêmio. Mas o time gaúcho pediu sua dispensa, já que pretende usá-lo na pré-temporada. Gallo aceitou e chamou o santista Thiago Maia.

O zagueiro palmeirense Nathan Cardoso e o goleiro cruzeirense Georgemy foram outros com idade de júnior chamados para amistosos do time olímpico.

Uma dupla que Gallo quer observar com carinho durante o Sul-Americano é Gabriel, do Santos, e Malcom, do Corinthians. Destaques em seus times, podem aparecer em uma lista olímpica caso estejam titulares de seus times nos próximos meses.

O problema para jogadores do setor ofensivo é que Gallo já sinalizou que pretende usar a regra de levar três veteranos em apenas um setor, para fortalecê-lo. Como Neymar é certeza, o técnico deve chamar os outros dois atletas mais velhos para o meio e ataque.

O Brasil está no Grupo B do Sul-Americano e estreia nesta quinta (15), contra o Chile. O time ainda enfrentará na primeira fase Uruguai (17), Venezuela (19) e Colômbia (23).

Os três primeiros de cada chave passam ao hexagonal final, quando todos se enfrentam em turno único. Quem somar mais pontos será o campeão.

Os quatro primeiros colocados garantem vaga no Mundial da Nova Zelândia, entre maio e junho de 2015, e do terceiro ao sexto vão ao Pan-Americano de Toronto, em agosto deste ano.

Acompanhe o time:

1- Marcos (Fluminense – goleiro)

2- João Pedro (Palmeiras – lateral direito)

3- Eduardo (Internacional – zagueiro)

4- Marlon (Fluminense – zagueiro)

5- Walace (Grêmio – volante)

6- Caju (Santos – lateral esquerdo)

7- Gabriel (Santos – atacante)

8- Lucas Evangelista (Udinese – meia)

9- Thalles (Vasco – atacante)

10- Nathan (Atlético-PR – meia)

11- Marcos Guilherme (Atlético-PR – atacante)

12- Georgemy (Cruzeiro – goleiro)

13- Auro (São Paulo – lateral direito)

14- Nathan Cardoso (Palmeiras – zagueiro)

15- Leo Pereira (Atlético-PR – zagueiro)

16- Lorran (Vasco – lateral esquerdo)

17- Thiago Maia (Santos – volante)

18- Eduardo Henrique (Atlético-MG – volante)

19- Kennedy (Fluminense – atacante)

20- Malcom (Corinthians – atacante)

21- Gerson (Fluminense – meia)

22- Lucas Perri (São Paulo – goleiro)

23- Yuri (Botafogo – atacante)

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Prioridade de 2015 será o início da Eliminatória mais difícil da história

Por Marcel Rizzo
05/01/15 09:14

De São Paulo – O 2015 para a seleção brasileira será o início da caminhada para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, e esta será a prioridade avisou o técnico Dunga. Mas o que espera a seleção neste ano?

ELIMINATÓRIAS

Começa em outubro. Este ano serão dois jogos em outubro, outros dois em novembro, mas diferentemente das outras vezes que a seleção disputou o classificatório no sistema todos contra todos, desta vez não se conhece ainda a ordem dos jogos na tabela.

O sorteio de contra quem o Brasil estreia e qual a sequência das 17 rodadas seguintes será feito em 25 de julho, em São Petersburgo, na Rússia.

A Fifa e a Conmebol decidiram modificar a tabela, que desde as Eliminatórias para a Copa de 1998 é feito em sistema de pontos corridos e com confrontos sempre realizados na mesma ordem, definida em 1995.

Quando disputou, o Brasil sempre estreava fora contra a Colômbia e tinha um fechamento dos sonhos, contra a Bolívia, fora, e Venezuela, em casa, rivais que raramente dão trabalho.

Dentro da CBF a previsão é que esta será a Eliminatória mais equilibrada da história. Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia estão no mínimo no mesmo nível do Brasil.

O Equador tem um bom time e a força da altitude de Quito. Como são apenas quatro vagas diretas para a Copa-2018, com o quinto indo para a repescagem, este equilíbrio deixa os favoritos no limite da eliminação.

Já o Paraguai, que não veio ao Brasil para a Copa-2014, tem uma renovação que deve melhorar a equipe, e pode ser a sétima força. Peru, Venezuela e principalmente a Bolívia estão atrás.

COPA AMÉRICA DO CHILE

De 11 de junho a 4 de julho, a competição será uma prévia do início das Eliminatórias.

O Brasil está no Grupo C, com jogos em Santiago e Temuco (cidade 670 km ao sul da capital), e enfrentará Peru (14 de junho), Colômbia (17) e Venezuela (21).

O sorteio dos grupos foi generoso com o time de Dunga, que deve passar de fase sem tropeços, apesar de ter a revanche com a Colômbia. A seleção vizinha foi eliminada pelo Brasil nas quartas de final da Copa-2014, jogo em que Zuñiga machucou e tirou Neymar do Mundial.

Dunga venceu a Copa América que disputou como treinador da seleção, em 2007, o que deu fôlego para seguir sem sobressaltos até a Copa da África do Sul três anos depois.

Uma derrota não faz diferença com relação ao Mundial, mas dará oportunidade aos críticos questionarem seu retorno. E a cúpula da CBF quer um bom resultado após o fracasso na Copa em casa.

AMISTOSOS

Serão três datas, em março, junho (antes da Copa América) e setembro. A ideia da comissão técnica é ter rivais fortes, de preferência europeus, já que haverá uma overdose de partidas contra sul-americanos a partir deste ano.

Só há um jogo marcado até o momento, no dia 26 de março, em Paris, contra a França. Há a possibilidade de nesta data Fifa o Brasil só realizar um jogo, e dedicar os demais dias a treinamentos.

SELEÇÕES DE BASE

A ideia da CBF é continuar o projeto olímpico paralelo aos jogos da seleção principal.

A partir de 15 de janeiro, a seleção brasileira sub-20 inicia campanha no Sul-Americano da categoria, mas a competição perdeu importância para o Brasil porque o país já está classificado para os Jogos Olímpicos de 2016, por ser a sede (campeão e vice vão garantir a vaga).

Apesar de valer classificação para Mundial sub-20 (quatro primeiros) e Pan-Americano de Toronto-2015 (terceiro a sexto), este time não é o mais importante da base da CBF já que não conta com os jogadores acima de 20 anos que Gallo está preparando para a Olimpíada.

Além do Mundial sub-20, entre maio e junho na Nova Zelândia, ainda haverá o Mundial sub-17, entre outubro e novembro, no Chile.

SELEÇÃO FEMININA

Sob o comando de Oswaldo Alvarez, o Vadão, jogará o Mundial do Canadá, entre 6 de junho e 5 de julho. Mais uma chance para Marta, cinco vezes eleita pela Fifa a melhor jogadora do mundo, ganhar um título de relevância mundial com a seleção brasileira.

 

 

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Dunga 2014 convocou 40% mais jogadores do que Dunga 2006

Por Marcel Rizzo
30/12/14 08:04

O Dunga 2014 chamou 40% mais jogadores do que o Dunga 2006 comparando as três primeiras convocações.

Entre agosto e outubro de 2006, Dunga chamou 30 jogadores para cinco amistosos. Venceu quatro e empatou um, o da estreia contra a Noruega.

Em maio de 2010 ele anunciou os 23 convocados para a Copa do Mundo da África do Sul com dez nomes dos 30 chamados nas três primeiras listas.

Dois motivos explicam por que Dunga usou 42 jogadores agora, 12 a mais do que na primeira passagem: o calendário e os cortes que precisou fazer.

Na última convocação do ano, em novembro de 2014, Dunga não pôde chamar atletas que atuam no Brasil. E suas primeiras listas estiveram recheadas com jogadores de times nacionais – dos 42 chamados até aqui, dez atuavam em equipes brasileiras.

Em 2006, Dunga teve uma data Fifa a mais do que agora, a de agosto, que desde 2014 foi extinta pela Fifa porque os jogadores que atuam na Europa estão voltando de férias.

Mas mesmo oito anos atrás, em novembro, na sua quarta convocação, Dunga pôde chamar jogadores que atuavam no Brasil, com três nomes na lista.

Nas três primeiras listas que fez nesta segunda passagem, Dunga teve problemas de lesões e de comportamento.

Logo nos dois primeiros jogos precisou cortar Hulk e Alex Sandro, que estavam machucados, e Maicon, que se atrasou em uma reapresentação após folga depois da reestreia contra a Colômbia, em Miami.

Nas outras duas convocações foram mais cinco cortes, desta vez todas por lesões, totalizando sete jogadores a mais chamados.

Comparando com os dois treinadores que comandaram a seleção entre os dois trabalhos, o Dunga 2014 é mais parecido com Mano (2010 a 2012) e Felipão (2013 a 2014) do que o Dunga de 2006.

Mano convocou, em suas três primeiras listas, 39 atletas. Já Felipão usou 41, a maioria que já vinha sendo chamada por Mano, mas com novidades.

Pressão

A insatisfação de clubes brasileiros quando têm jogadores chamados em datas importantes já iniciou um movimento dentro do departamento de seleções da CBF para pressionar a cúpula da entidade para ter um calendário modificado, em que não haja a coincidência de datas.

Se os clubes são prejudicados, a seleção também é, esta é a avaliação interna.

A mudança é difícil porque seria necessário diminuir os estaduais, que são a principal fonte de renda das federações que elegem o presidente da CBF.

O calendário e as lesões não deixaram claro, em 2014, o que Dunga pensa para algumas posições, como a reserva da lateral. Foram oito jogadores chamados nesta função.

Outra incógnita é a zaga: Gil, do Corinthians, é o quarto homem da posição ou Thiago Silva voltará a ser chamado sempre?

A lista que Dunga anunciará no início de março de 2015, para jogos no final do mesmo mês dirá muito sobre quem perdeu ou ganhou em 2014 – somente uma das duas partidas já está marcada, conta a França, em Paris, no dia 26.

Agora todos os jogadores poderão ser utilizados.

SELEÇÃO NOS ÚLTIMOS AMISTOSOS

 

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Sorriso ao entrar em campo e aluguel de jatinho agradam Dunga. Basta?

Por Marcel Rizzo
19/12/14 09:26

De São Paulo – O técnico Dunga e o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, repetem o discurso de que preferem jogadores na seleção que se importem em estar com a seleção.

Dois exemplos de atitudes que ambos aprovaram e usaram, inclusive, em palestras para os jogadores mostrando esse “amor pela seleção” tiveram a participação do zagueiro Gil e do volante Fernandinho.

O corintiano Gil estreou pela seleção jogando dois minutos contra o Equador, no amistoso de setembro em Nova Jersey.

Devido à dispensa de Maicon por problema de indisciplina, Gil precisou quebrar o galho na lateral direita, posição que nunca havia atuado.

“Mas ele entrou em campo com um sorriso de uma orelha a outra”, disse Dunga aos jornalistas na entrevista após aquele jogo. Gil jogou dois minutos, fora de posição, mas mesmo assim estava feliz da vida. É esse tipo de jogador quer Dunga e Gilmar querem.

Fernandinho, do Manchester City, foi além de dar um sorriso. Na mesma data Fifa o volante alugou um avião particular para cuidar de seu visto americano, que não tinha, e da viagem da Inglaterra aos EUA.

Ele chegou três dias atrasado, não participou dos primeiros treinos da nova era Dunga, e num primeiro momento deu a impressão que perderia pontos com o treinador e Gilmar.

Engano. O esforço de Fernandinho em alugar o avião o fez ganhar muitos pontos com Dunga e foi exemplo aos colegas.

Fernandinho já virou titular nos dois últimos amistosos, de novembro, contra Turquia e Áustria. Gil só não foi convocado porque atletas que atuam no futebol brasileiro foram poupados devido às competições no país estavam na reta final.

Mas ele seria chamado se Dunga pudesse, e Thiago Silva, capitão da seleção na Copa-2014, ficaria fora – o zagueiro do PSG foi reserva nas partidas em Istambul e Viena.

Amor pela camisa é importante, esforços para estar presente nas convocações idem, mas convocação, ainda, precisa ser feita com base no que o jogador rende em campo.

Para a Copa do Mundo de 2010, Dunga optou por alguns jogadores que confiava, e que apresentaram a ele esse amor pela seleção brasileira. Quando precisou mexer no time, percebeu não ter as melhores opções no banco de reservas e caiu nas quartas de final.

 

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Base da seleção na Copa América deve priorizar paz e curto deslocamento

Por Marcel Rizzo
12/12/14 16:52

De São Paulo – O sorteio dos grupos da Copa América do Chile-2015 colocou o Brasil no Grupo C, ao lado de Peru, Colômbia e Venezuela. O torneio começa dia 11 e três dias depois a seleção enfrenta o Peru em Temuco.

Temuco está 670 km ao sul de Santiago, a capital chilena e cidade onde o Brasil realizará os dois jogos seguintes na competição, contra colombianos e venezuelanos, no estádio Monumental, que pertence ao tradicional Colo-Colo.

A tabela da Copa América foi boa para o Brasil no quesito deslocamento. A ida a Temuco será o maior percurso na primeira fase, o que facilitará a intenção da comissão técnica de se concentrar na região de Santiago.

Resta saber se a prioridade será menor deslocamento possível ou maior isolamento.

Leia mais: Brasil reencontra Colômbia na Copa América

Se o time terminar em primeiro na chave, fará quartas e eventual semifinal em Concepción, 498 km ao sul de Santiago. Voltaria à capital para a final.

Em segundo da chave, voltaria a jogar em Temuco, mas semifinal e final seriam em Santiago. Dos seis jogos possíveis na competição, saindo em primeiro três seriam em Santiago, saindo em segundo quatro – há a possibilidade de passar de fase em terceiro, mas com diversas combinações de onde poderá jogar).

Em outubro, o técnico Dunga, o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, e membros da logística da CBF estiveram no Chile visitando as possíveis bases para a competição. Eles passaram pelos CTs do Colo-Colo e das Universidades de Chile e Católica, em Santiago, e conferiram a estrutura do O’Higgins, na cidade de Rancagua.

Rancagua está a 85 km ao sul de Santiago, e tem pouco mais de 200 mil habitantes. Seria o refúgio que Dunga gosta, um lugar com menos assédio aos atletas do que a gigante Santiago.

O sorteio, porém, colocou a seleção fazendo duas partidas da primeira fase na capital, o que significaria deslocamentos mínimos até aeroporto e nesses dois jogos. Descanso e tempo para treinos são fundamentais em torneios com jogos tão próximos, como a Copa América.

Em 2007, na Copa América da Venezuela, Dunga optou por ficar em Puerto La Cruz, cidade com pouco mais de 400 mil habitantes, onde jogou uma vez na primeira fase e estava relativamente perto das duas outras sedes, Maturín e Puerto Ordaz.

Decidiu por uma mescla entre isolamento e deslocamentos mais curtos. Rancagua dá a ele isso.

Dunga e Gilmar em visita a possível local de treinamento na Copa América (Crédito: Divulgação CBF)

Dunga e Gilmar em visita a possível local de treinamento na Copa América (Crédito: Divulgação CBF)

 

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Primeiro semestre quase sem data Fifa poderia priorizar treinamento

Por Marcel Rizzo
05/12/14 17:38

De São Paulo – Mano Menezes fez isso em sua segunda convocação, ainda em 2010.

Sem arrumar adversários interessantes para a data Fifa de setembro daquele ano, ele convocou 22 jogadores que atuavam em clubes europeus para um período de treinos em Barcelona, na Espanha.

Sem jogo, apenas treinos e jogo-treino.

A principal reclamação de técnicos da seleção brasileira é o pouco período que têm para treinar para competições importantes.

Pegue como exemplo as três primeiras datas Fifa da nova era Dunga.

Em um espaço de dez dias se faz dois jogos e, efetivamente, tem quatro dias para treinos, já que a comissão técnica tem dado folga de um dia a seus jogadores e o pós-jogo é sempre dedicado a recuperação física daqueles que jogaram mais de 45 minutos.

Esses quatro dias de treinos, somados a mais uma data Fifa, a de março de 2015, darão a Dunga praticamente 16 treinamentos até convocar o time para a Copa América do Chile, em maio. Pouco, como sempre.

Leia mais: Brasil já tem primeiro adversário para 2015

Em março, a CBF já anunciou um amistoso contra a França, dia 26, no palco da decisão da Copa de 1998, o Stade de France.

O período Fifa para este mês vai de 23 a 31 de março, e a entidade e sua parceria comercial para jogos amistosos procura um outro rival para o mês.

A seleção tem enfrentado rivais fortes, conseguiu seis vitórias em seis jogos sofrendo apenas um gol após o fracasso na Copa-2014, mas 2015 será um ano com apenas uma data Fifa no primeiro semestre.

Dunga poderia em março realizar apenas um amistoso e priorizar treinamento com a base que será chamada para a Copa América.

Dunga co,anda Neymar em treino na Áustria, antes de amistoso de novembro (Crédito: Ronald Zak/Associated Press)

Dunga comanda Neymar em treino na Áustria, antes de amistoso de novembro (Crédito: Ronald Zak/Associated Press)

 

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