Blog da SeleçãoBlog da Seleção http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br Notícias, comentários e bastidores da seleção brasileira de futebol Tue, 18 Aug 2015 17:00:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Blog deixa de ser atualizado http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/08/18/blog-deixa-de-ser-atualizado/ http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/08/18/blog-deixa-de-ser-atualizado/#respond Tue, 18 Aug 2015 17:00:03 +0000 http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=1284 Continue lendo →]]> Após pouco mais de um ano e cinco meses, o Blog da Seleção deixará de ser atualizado.

O repórter passa a editar exclusivamente o Blog da coluna Painel FC.

A seleção brasileira continuará a ter cobertura no caderno “Esporte” e no site da Folha de S. Paulo.

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Faltou o Barbosa de 2014 para o Brasil não perder de 7 a 1 para a Alemanha http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/07/08/faltou-o-barbosa-de-2014-para-o-brasil-nao-perder-de-7-a-1-da-alemanha/ http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/07/08/faltou-o-barbosa-de-2014-para-o-brasil-nao-perder-de-7-a-1-da-alemanha/#respond Wed, 08 Jul 2015 17:03:52 +0000 http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=1272 Continue lendo →]]> Quem é o vilão do 7 a 1?

Em 1950, na primeira derrota de Copa em casa, para o Uruguai, Barbosa, o goleiro, foi o escolhido. Uma das maiores injustiças da historia do futebol.

Barbosa falhou em ao menos um dos gols no 2 a 1 do Maracanazo, como ficou conhecida a derrota.

Pouco para crucificar um jogador, levando em conta que o time tinha craques do calibre de Zizinho, Ademir Menezes e Jair Rosa Pinto.  Que não resolveram.

Em 2014, se fala do 7 a 1 já como algo mítico, como se tivesse acontecido sem personagens.

Lembra-se de falhas defensivas, se fala que a geração é fraca, que Felipão escalou mal, mas ele esteve longe de ser crucificado como Barbosa.

Leia mais: As testemunhas do Mineirão

Mas revendo o jogo, percebe-se o motivo de não ter vilões (esqueça também o colombiano Zuñiga, que tirou Neymar da Copa nas quartas de final).

E uma frase relembrada pelo colunista Paulo Vinícius Coelho em seu texto publicado na Folha, nesta quarta (8), é cirúrgica para diagnosticar o fato: disse o ex-zagueiro Márcio Santos, campeão do mundo em 1994, depois de o Brasil sofrer, e chorar, para vencer o Chile nos pênaltis nas oitavas de final.

“Está todo mundo com medo de ser o Barbosa”, disse Márcio Santos, segundo PVC.

Especial 7 a 1: Brasil temeu perder de 10 a 0

Não houve um Barbosa. Porque se a falha tivesse sido de apenas um atleta, o jogo teria sido 2 a 1, não 7 a 1. Ninguém assumiu a responsabilidade, e quem tentou não tinha competência para isso.

Com menos de cinco minutos de jogo, David Luiz, o capitão naquela tarde, que é zagueiro, estava na ponta direita tentando uma jogada. Cinco minutos, um zagueiro na ponta direita.

O escanteio que originou o primeiro gol, saiu de um passe errado de Marcelo na ponta esquerda.

Oscar, que era o armador, não tocou na bola no primeiro tempo e Fernandinho, o volante, precisou tomar a responsabilidade. Foi ele que errou o passe do quarto gol quando tentava sair jogando, que fez Galvão Bueno soltar uma das frases famosas do 7 a 1, a “virou passeio”.

É preciso renovar o futebol brasileiro. Melhorar a formação dos jogadores, tentar evitar o êxodo de jovens, modernizar nossos treinadores, rejuvenescer os cartolas que estão no poder há décadas.

Perder três Copas seguidas, ser eliminado nas quartas de final em duas Copas Américas, e ver hoje o time no mesmo nível de rivais como Chile e Colômbia, é reflexo de tudo o descrito acima.

O 7 a 1, não. O 7 a 1 foi um conjunto de falhas de vários jogadores que nunca quiseram ser o Barbosa da vez.

 

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Contrato impede tirar jogo dos EUA, país que derrubou a cartolagem http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/07/03/contrato-impede-tirar-jogo-dos-eua-pais-que-derrubou-a-cartolagem/ http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/07/03/contrato-impede-tirar-jogo-dos-eua-pais-que-derrubou-a-cartolagem/#respond Fri, 03 Jul 2015 11:53:06 +0000 http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=1263 Continue lendo →]]> Os primeiros jogos da seleção brasileira pós fracasso na Copa América serão nos Estados Unidos. E será mais um constrangimento para os cartolas.

Dia 27 de maio de 2015, sete dirigentes de futebol foram presos na Suíça pela polícia federal norte-americana, o FBI, acusados de receber propinas para fechar acordos comerciais em torneios organizados pela Concacaf (a confederação das Américas do Norte e Central), Conmebol (a sul-americana) e CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Como as empresas que pagaram o suborno tinham como sede os EUA, o dinheiro foi movimentado em bancos do país e, por isso, a prisão e investigação foram feitos pelo departamento de justiça norte-americanos. Entre os presos está o ex-presidente da CBF José Maria Marin, que quando encarcerado exercia o cargo de vice — foi afastado após o ocorrido.

Leia mais: EUA pedem extradição de Marin e mais seis cartolas

Pouco mais de dois meses depois dessas prisões, a seleção brasileira jogará amistosos nos EUA, país que anualmente recebe ao menos duas partidas do Brasil por ser um mercado com o soccer (como chamam o futebol) em ascensão.

É a possibilidade de as empresas que organizam os jogos do Brasil, a árabe ISE e a inglesa Pitch International, faturarem alto com as bilheterias e venda de placas de publicidade.

Não há como alterar a sede desses jogos porque um deles, o do dia 8 de setembro, contra os EUA, já tem o contrato assinado, apurou o blog. Este jogo deve acontecer em Boston — ainda falta assinar o acordo com os proprietários do Gillette Stadium.

A segunda partida deveria ser contra a Argentina, dia 5 de setembro, em San Francisco, no novo estádio dos 49ers, time de futebol americano da cidade da Califórnia.

Deveria, porque há executivos argentinos até o pescoço envolvidos nos escândalo de corrupção da Fifa. Três diretores das empresas de marketing esportivo Full Play e TyC, pivôs das suspeitas de corrupção, estão presos.

O blog apurou que, na CBF e na AFA (Associação de Futebol Argentino), há o temor de que o jogo ficaria em segundo plano e só se falaria dos casos de corrupção — pelos problemas das duas confederações e pelo palco ser justamente os EUA. Ainda não se sabe qual será a solução encontrada, e se o Brasil enfrentará um novo rival.

O certo mesmo é que nenhum cartola será visto nesses amistosos, seja do Brasil ou da Argentina. Nenhum deles se arriscará a pisar nos EUA.

 

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O medo de pela primeira vez ficar fora de uma Copa do Mundo http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/28/o-medo-de-pela-primeira-vez-ficar-fora-de-uma-copa-do-mundo/ http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/28/o-medo-de-pela-primeira-vez-ficar-fora-de-uma-copa-do-mundo/#respond Sun, 28 Jun 2015 15:53:01 +0000 http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=1256 Continue lendo →]]> De Concepción – A segunda pergunta que todos os jogadores da seleção mais ouviram após a derrota nos pênaltis para o Paraguai, no sábado à noite, foi se o Brasil corre o risco de pela primeira vez ficar fora de uma Copa do Mundo (a primeira foi se a virose realmente atrapalhou a atuação do time).

Desde julho de 2014, quando o Brasil foi massacrado por Alemanha e Holanda na reta final da Copa, e como postado no blog em janeiro, a CBF e a nova comissão técnica da seleção liderada por Gilmar Rinaldi e Dunga avaliam que a próxima eliminatória, para a Copa-2018, na Rússia, será a mais difícil da história.

Motivos não faltavam (e não faltam): a boa campanha dos sul-americanos na Copa-2014, na época a possibilidade da perda de uma vaga no Mundial para a América do Sul (que não foi confirmada, se mantém quatro diretas e uma via repescagem) e, claro, o fraco desempenho do Brasil em campo.

Dunga foi contratado por “entender o espírito da seleção brasileira, para devolver aos jogadores a vontade de defender essa camisa”. Foram mais ou menos essas palavras que o então presidente da CBF José Maria Marin usou para explicar a opção pelo técnico. O recado era: nas eliminatórias, vale mais a garra do que a técnica ou tática.

A Copa América mostrou que não é bem assim. Na tática e na técnica, principalmente quando Neymar está fora, o Brasil se equipara a times médios do continente, como Paraguai e até Peru e Venezuela. Contra a Colômbia, o Brasil foi dominado na derrota por 1 a 0, e Neymar estava em campo.

Mas mesmo a garra que poderia fazer a diferença, acabou se transformando em nervosismo. Exemplos são Neymar xingando o árbitro na porta do vestiário e jogadores batendo boca com adversários após provocações que são costumeiras na América do Sul.

No classificatório para a Copa, com nove jogos como visitante, em estádios muitas vezes acanhados, com altitude, a pressão e provocação serão ainda maiores.

Para piorar, a CBF politicamente está enfraquecida na Conmebol, depois da volta de Marco Polo Del Nero ao Brasil, em maio, antes da eleição para presidente da Fifa, em meio às prisões de cartolas da entidade (entre eles seu aliado Marin). O Brasil também não seguiu a indicação de voto em bloco da confederação sul-americana na oposição a Joseph Blatter para presidir a entidade mundial.

Para piorar ainda mais um pouco, Neymar está suspenso para as duas primeiras partidas da eliminatória, em outubro, ainda cumprindo a pena por ter xingado o árbitro chileno Enrique Osses.

Mesmo assim, com todo esse cenário negativo, nenhum jogador admitiu que o Brasil pode pela primeira vez ficar fora de uma Copa. Otimismo ainda é palavra de ordem no time de Dunga.

 

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Onze nomes que você gostaria de ter no seu time. Por que não na seleção? http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/26/onze-nomes-que-voce-gostaria-de-ter-no-seu-time-por-que-nao-na-selecao/ http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/26/onze-nomes-que-voce-gostaria-de-ter-no-seu-time-por-que-nao-na-selecao/#respond Fri, 26 Jun 2015 13:47:39 +0000 http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=1250 Continue lendo →]]> De Concepción – Neymar deixou a concentração da seleção brasileira, em Santiago, na segunda (22). Desde que passou pela porta do hotel, o que se pergunta no Chile é se o Brasil, sem o camisa 10, é um time comum.

Dos 11 jogadores que Dunga deve colocar em campo sábado (27), contra o Paraguai, pelas quartas de final da Copa América, três são titulares incontestáveis de seus times no Brasil – Jefferson no Botafogo, Elias no Corinthians e Robinho, no Santos.

Pergunte a qualquer torcedor se gostaria de ver um deles com a camisa de sua equipe, e a resposta será sim, com certeza – o Flamengo quer Elias e reservou a camisa 10 a ele.

Outros dois, Miranda e Firmino, estão sendo negociados por seus times, de força média na Europa, para grandes clubes. O zagueiro deve trocar o Atlético de Madrid pela Inter de Milão, enquanto o atacante de 23 anos deixará o Hoffenheim para jogar no Liverpool por R$ 140 milhões (!).

Os laterais, Daniel Alves e Filipe Luís, oscilaram bons e maus momentos em Barcelona e Chelsea, respectivamente. Mas estão em dois dos maiores clubes do mundo – Dani fez um ótimo final de temporada e acabou de renovar.

Thiago Silva não brilhou no PSG, mas ainda é o zagueiro mas talentoso da geração.

Fernandinho tem altos e baixos no Manchester City, e Willian, no Chelsea, é um dos principais jogadores, assim como Philippe Coutinho, no Liverpool.

11 nomes, todos com algum talento, que você gostaria de ver no seu time, mas nenhum que empolgue. O problema é que se pensar quem Dunga poderia ter levado à Copa América, talvez se chegue ao nome de Lucas, do PSG, como um atleta de talento que poderia estar na seleção. Também é pouco.

O fato é que a geração não é das mais brilhantes. Por isso Dunga tem repetido a frase desde que reassumiu, em julho: é preciso ter uma equipe, um coletivo, forte. Genial, só mesmo Neymar.

 

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CBF não quis Neymar em julgamento porque, incrível, é melhor vê-lo longe http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/22/cbf-nao-quis-neymar-em-julgamento-porque-incrivel-e-melhor-ve-lo-longe/ http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/22/cbf-nao-quis-neymar-em-julgamento-porque-incrivel-e-melhor-ve-lo-longe/#respond Mon, 22 Jun 2015 12:04:55 +0000 http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=1242 Continue lendo →]]> De Santiago – A CBF teve a informação de que Guillermo Saltos, o presidente da Câmara de Apelações da Conmebol que, sozinho, decidiria o futuro de Neymar da Copa América, não diminuiria a pena do camisa 10 da seleção.

Quatro jogos suspenso por ter brigado com colombianos apóhttps://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/wp-admin/post-new.phps o jogo de quarta (17) e xingado o árbitro chileno Enrique Osses, que o havia expulsado, Neymar cumpriu um contra a Venezuela, neste domingo (21), mas teria que ficar de fora mais três, ou seja, o restante da Copa América.

Em decisão coerente da comissão técnica da seleção, não ficará com o grupo no restante da competição e já está de férias.

Há, porém, questões a serem abordadas com relação a esse caso em outras esferas da CBF: o jurídico e o político.

Pelo menos dois especialistas em direito desportivo com boa entrada na Fifa, ouvidos pelo blog, disseram que a CBF errou ao não pedir uma audiência e colocar Neymar para se defender.

A teoria é a seguinte: imagine Neymar frente a frente com o senhor Saltos, um equatoriano septuagenário que adora futebol. Humilde, Neymar pediria desculpa, admitiria o(s) erro(s) e lembraria que vive um momento conturbado com a investigação de que houve fraude em sua venda ao Barcelona.

Audiência não é a praxe em julgamentos da Conmebol, diferentemente, por exemplo, do que é feito no Brasil em decisões do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Mas está previsto no códigodisciplinar, e como Saltos está no Chile justamente para julgar casos em que fosse necessário, por que não colocá-lo frente a frente com Neymar?

Saltos poderia diminuir a pena para três jogos, o que deixaria o craque a postos para uma eventual final.

Leia mais: Brasil vence a Venezuela e enfrenta o Paraguai nas quartas de final

A avaliação do jurídico da CBF, e de sua direção, foi que não valeria o desgaste e a exposição de Neymar para jogar uma partida que talvez nem aconteça (se o Brasil cair antes).

O jogador ficaria apenas treinando por 10 dias, e sendo os holofotes, desviando a atenção do restante do grupo. Por incrível que pareça, para a seleção, neste momento, quanto mais Neymar estiver longe, melhor.

O ponto político é outro. Marco Polo Del Nero está rachado com a cúpula da Conmebol desde que abandonou Zurique e voltou ao Brasil, no fim de maio, antes da eleição para presidente da Fifa.

A cúpula da entidade sul-americana se irritou por dois motivos: primeiro por ele ter voltado em meio às prisões de dirigentes da Conmebol, como José Maria Marin, ex-presidente da CBF e vice de Del Nero (agora afastado).

Segundo por ter orientado seus emissários a votar na reeleição de Joseph Blatter, e não no oposicionista Ali al Bin-Hussein. A Conmebol, tradicionalmente, vota em bloco, mas desta vez o Brasil não seguiu as ordens do presidente Juan Ángel Napout.

Pessoas próximas a Neymar têm certeza que a pena dura do jogador foi um contragolpe da Conmebol na CBF.

 

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Geferson, Dani, David Luiz capitão, volante e as incoerências de Dunga http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/19/geferson-dani-david-luiz-capitao-volante-e-as-incoerencias-de-dunga/ http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/19/geferson-dani-david-luiz-capitao-volante-e-as-incoerencias-de-dunga/#respond Fri, 19 Jun 2015 12:09:07 +0000 http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=1227 Continue lendo →]]> De Santiago – Dunga teve coerência até anunciar a lista de convocados para a Copa América, goste-se ou não desse ou daquele jogador.

Num primeiro momento, ele chamou apenas aqueles que já havia convocado alguma vez nesta segunda passagem, mesmo perdendo um titular importante como Oscar, lesionado — substituído por Evérton Ribeiro.

A coerência parou por aí. Dunga começou a perder outros titulares, machucados, e convocou atleta que jamais havia jogado nem mesmo na seleção olímpica (sub-23), caso de Geferson, 21, do Inter, que encantou o técnico em um jogo do Brasileiro que ele foi ver no Beira-Rio, praticamente sua segunda casa — Dunga iniciou a carreira de jogador, e foi técnico depois, do Inter.

Quando perdeu Luiz Gustavo, seu “cão de guarda”, Dunga ousou ao chamar outro jovem atleta, Fred, 22 anos, que joga de volante, mas tem mais características de meia (e está longe de ser um volantão marcador, como Dunga era).

Algo que num primeiro momento pareceu bom, mas agora, durante a Copa América, mostra que deixou um buraco no elenco, já que há quatro volantes, nenhum para jogar à frente da zaga, com eficiência.

E quando Danilo machucou o tornozelo no amistoso contra o México? Fabinho, 21, mais um com idade olímpica (vale lembrar que Dunga assumiu em maio o comando dessa equipe, que em 2016 tentará o ouro inédito nos Jogos do Rio), era a opção. Muito elogiado pelo técnico pela postura e por já ter jogado “Champions”, hoje continua reserva.

Dunga optou por convocar, pela primeira vez nessa passagem, Daniel Alves, que estava quase desempregado e sem esperança de voltar à seleção aos 32 anos (em três dias renovou com o Barcelona e voou para o Chile para jogar a Copa América).

E voou para ser o titular, deixando Fabinho, teoricamente o reserva imediato de Danilo, no banco.

A montagem do time também teve momentos em que Dunga fez algo diferente do que projetava no início do trabalho.

Sem Oscar, Dunga preparava o time com Philippe Coutinho como opção. Fez amistosos com ele, mas o jogador do Liverpool sentiu a coxa no jogo contra Honduras, em Porto Alegre.

Ficou fora da estreia contra o Peru, mas estava pronto para encarar a Colômbia. Dunga, porém, decidiu permanecer com Fred, que o havia substituído razoavelmente em Temuco.

“Não adianta mudar tudo quando algo não dá certo. É como na sua empresa, se cair a audiência, não vão mandar todo mundo embora”, disse Dunga, na véspera de enfrentar a Colômbia, na quarta (17).

Ele não mandou todo mundo embora no dia seguinte depois da fraca atuação nos 2 a 1 contra o Peru, mas sacou seu zagueiro e seu centroavante. David Luiz deu lugar a Thiago Silva, e Diego Tardelli saiu para entrar Firmino. David era um dos homens de confiança de Dunga, tanto que foi o capitão quando Neymar não enfrentou o México e ficou no banco contra Honduras.

O próximo capítulo é ver como Dunga vai substituir Neymar.

 

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Depois da fama de 'cai-cai', Neymar agora é 'insuportável' e 'mimado' http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/15/depois-da-fama-de-cai-cai-neymar-agora-e-insuportavel-e-mimado/ http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/15/depois-da-fama-de-cai-cai-neymar-agora-e-insuportavel-e-mimado/#respond Mon, 15 Jun 2015 16:56:15 +0000 http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=1213 Continue lendo →]]> De Santiago – José Miguélez é editor do caderno de esporte do jornal “La Tercera”, um dos mais importantes do Chile. Em seu editorial desta segunda (15), dia seguinte à vitória do Brasil sobre o Peru, 2 a 1, ele se rendeu à genialidade de Neymar, mas com ressalva: para ele, Neymar é tão craque quanto insuportável dentro de campo.

Um jornalista da emissora de TV TVN, outro grande veículo de comunicação chileno, e que transmite ao vivo os jogos da Copa América, classificou Neymar com outro adjetivo, não menos crítico: para ele, o brasileiro é mimado.

Chamou a atenção dos jornalistas os chapéus, o gol e a assistência do principal jogador do Brasil na atualidade contra os peruanos, mas também suas reclamações, gestos, e marra.

No fim do primeiro tempo, levou um cartão amarelo inacreditável ao tirar a espuma que o árbitro coloca no gramado para deixar marcado onde a bola, ou a barreira, devem ficar. Neymar queria a bola mais para o lado. Foi advertido em campo, e se levar mais uma amarelo perderá o jogo seguinte do Brasil.

Será que levou bronca de Dunga no vestiário? Improvável. Neymar, no Barcelona, ainda não é protagonista. Lionel Messi tem esse título, e o próprio atacante brasileiro admitiu no domingo que em 2015 o argentino ainda será o melhor do mundo.

Na seleção, Neymar reina. É praticamente ele e mais dez, já que os demais jogadores oscilam entre medianos e bons. Craque mesmo, só o ex-santista, que ainda por cima recebeu de Dunga a tarja de capitão.

Talvez isso o faça achar que pode fazer o que quiser em campo com a amarelinha. Contra o Peru, reclamou de diversas faltas balançando o braço, dando pulinhos. Se fosse no Brasil, onde agora é moda amarelar quando há reclamação, ele teria recebido o cartão bem antes do lance da espuma.

Nem mesmo os torcedores estão escapando dessa fase rebelde do craque. Depois do jogo contra Honduras, amistoso pré-Copa América de quarta passada, quando poupado o 10 só atuou (muito mal) meio tempo, câmera do SporTV flagrou Neymar pedindo para seus companheiros não irem ao meio de campo saudar os torcedores, algo feito sempre.

“Mete o pé”, disse o meia. Traduzindo, vamos embora. Ele estava irritado com as vaias que o time recebeu dos torcedores gaúchos, irritados com o magro 1 a 0 e, principalmente, com atuação preguiçosa do segundo tempo.

Quando foi vendido do Santos para o Barcelona, Neymar teve que conviver nos primeiros meses na Europa com a fama de “cai-cai”, ou seja, aquele jogador que se atira em campo tentando cavar falta.

A impressão que os europeus tinham dele era rescaldo de partidas que fez com a seleção no continente, e de uma tradição de jogadores brasileiros, que preferem mergulhar em campo em busca de um penal do que tentar terminar a jogada rumo ao gol.

Neymar melhorou muito na Europa. Pouco se joga no Barcelona, mas quando está na seleção parece que volta a ser o garoto do Santos. Contra o Peru, foram pelo menos duas cavadas que o mexicano Roberto Orozco ignorou.

A fama de “cai-cai” era prejudicial ao jogador dentro de campo, mas se a de “insuportável” e ” mimado” pegar, pode prejudicá-lo fora dele.

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Risada por causa dos 7 a 1 ? Dunga diz que ri porque o Brasil é pentacampeão http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/14/o-7-a-1-persegue-dunga-e-a-selecao-em-estreia-na-copa-america/ http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/14/o-7-a-1-persegue-dunga-e-a-selecao-em-estreia-na-copa-america/#respond Sun, 14 Jun 2015 13:04:45 +0000 http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=1203 Continue lendo →]]> De Temuco – O jornalista chileno, de um diário popular, perguntou a Dunga na véspera da partida contra o Peru, que será neste domingo (14), na estreia da Copa América, se ele também achava graça de o Brasil estar hospedado em Temuco em um hotel na avenida Alemanha — clara alusão aos 7 a 1 para os alemães na semifinal da Copa-2014.

“Não acho nada, e também estou rindo que somos pentacampeões mundiais”, disse o treinador.

O fardo de Dunga nessa primeira competição oficial é fazer com que todos (jogadores, jornalistas, torcedores) esqueçam do 7 a 1 — para muitos um 10 a 1, se somar os 3 a 0 para a Holanda, na disputa do terceiro lugar, no fim mais melancólico de um Mundial para o Brasil, justamente o disputado pela segunda vez na história em casa.

Dunga tem várias frases feitas para tentar afugentar o 7 a 1. Algumas:

“Parece que o Brasil caiu para a segunda divisão do futebol, mas não caiu. Sempre estaremos na primeira divisão”

“O Brasil perdeu para o Uruguai na final da Copa de 1950, mas depois enfrentou o Uruguai milhares de vezes, ganhou, perdeu, e sempre que vai enfrentar o Uruguai se lembram de 1950. O 7 a 1 é uma marca que vai ficar, mas temos que seguir em frente”

“O Brasil continua com jogadores de qualidade. Não desaprendeu porque perdeu uma Copa”.

Leia mais: Dunga faz mistério e não divulga time para jogo contra o Peru

A marca do 7 a 1 será eterna, e Dunga sabe disso. Mas quanto mais o 7 a 1 estiver longe da seleção neste primeiro torneio em que ele dirige a seleção, melhor. Por exemplo: dos 23 convocados, somente sete estiveram na Copa-2014.

Jefferson, Thiago Silva, David Luiz, Willian, Fernandinho, Daniel Alves e Neymar. E Daniel só chegou na sexta (12) porque Danilo se machucou.

No jogo contra a Alemanha? Somente David, Fernandinho e Willian estiveram em campo. Como titulares, David e Fernandinho — Neymar estava machucado.

Por mais que Dunga em alguns momentos até desdenhe do resultado, ele quer muito se afastar deste trauma. Que sabe que pode atrapalhar o seu trabalho.

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Dunga esconde os treinos, o que Felipão não conseguiu na Copa http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/10/dunga-esconde-os-treinos-o-que-felipao-nao-conseguiu-na-copa/ http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/2015/06/10/dunga-esconde-os-treinos-o-que-felipao-nao-conseguiu-na-copa/#respond Wed, 10 Jun 2015 14:33:35 +0000 http://blogdaselecao.blogfolha.uol.com.br/?p=1193 Continue lendo →]]> De Porto Alegre – Na Copa-2014, Felipão não teve privacidade nos treinamentos.

O centro de treinamento da CBF, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), fica em um condomínio de casas de alto padrão. O acesso restrito a não moradores era burlado por fãs que pulavam cerca, ou avançavam por um rio que passa atrás do condomínio.

Impossível treinar sem torcida, impossível sem que a imprensa analisasse o trabalho — alguns veículos de comunicação alugaram casas no condomínio com visão privilegiada dos campos de treinamentos das varandas dos quartos.

Como a programação na Copa-2014 previa que apenas os treinos de véspera de jogos, os de reconhecimento de campo, não fossem na Granja, lá se foi qualquer possibilidade de Felipão esconder escalações.

E quando quis fazer isso, não treinou Bernard no lugar de Neymar, porque não conseguiria esconder, antes do desastroso jogo semifinal contra a Alemanha — que terminou 7 a 1 para os rivais, como todos sabem.

A vida de Dunga, no quesito esconde-esconde, é mais tranquila.

A semana de treinos em Teresópolis foi basicamente trabalho de recuperação física. Ele, por exemplo, mal treinou Fred, o volante do Shakhtar Donetsk, no lugar de Neymar, ausente na Granja para a disputa da final da Liga dos Campeões e fora do amistoso contra os mexicanos.

Mas passou a semana em Teresópolis, e agora Dunga vai deitar e rolar no quesito fechar treino para a imprensa.

Começou em São Paulo, quando apenas 15 minutos finais do trabalho no campo do Palmeiras foi aberto, na véspera do amistoso contra o México, no sábado (6).

Na segunda (8), treino fechado no Pacaembu — e todos os jornais publicaram foto de torcedores subindo nos portões do estádio para tentar ver alguma coisa.

Em Porto Alegre, no Beira-Rio, na véspera do jogo desta quarta (10), contra Honduras, novamente treino fechado. No acesso do portão 3, mesmo com o portão trancado, era possível ver o campo do lado de fora. Era, porque a comissão técnica pediu e a organização colocou lonas na grade, o que impediu a visão.

Dunga não fechou treinamento nos primeiros amistosos que fez neste retorno, em setembro, nos EUA. Mas na China, em outubro, antes de enfrentar a Argentina, se irritou porque havia pedido para que as  câmeras não flagrassem seu treino de “bola parada”, quando são cobrados escanteios e faltas laterais para a área e o técnico posiciona seus atletas da melhor forma possível.

A imprensa não respeitou (dizem que os chineses não entenderam o recado), e agora Dunga, que na véspera dos jogos sempre trabalha posicionamento em bolas laterais, só abre para a imprensa os 15 minutos finais, quando os atletas já estão fazendo o rachão (recreativo de dois toques, com times misturados).

Na Copa América, Dunga terá privacidade no centro de treinamento da Universidad de Chile e, claro, nos estádios na véspera dos jogos. E poderá fazer bastante mistério com relação ao time que pretende escalar.

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