Prioridade de 2015 será o início da Eliminatória mais difícil da história
05/01/15 09:14De São Paulo – O 2015 para a seleção brasileira será o início da caminhada para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, e esta será a prioridade avisou o técnico Dunga. Mas o que espera a seleção neste ano?
ELIMINATÓRIAS
Começa em outubro. Este ano serão dois jogos em outubro, outros dois em novembro, mas diferentemente das outras vezes que a seleção disputou o classificatório no sistema todos contra todos, desta vez não se conhece ainda a ordem dos jogos na tabela.
O sorteio de contra quem o Brasil estreia e qual a sequência das 17 rodadas seguintes será feito em 25 de julho, em São Petersburgo, na Rússia.
A Fifa e a Conmebol decidiram modificar a tabela, que desde as Eliminatórias para a Copa de 1998 é feito em sistema de pontos corridos e com confrontos sempre realizados na mesma ordem, definida em 1995.
Quando disputou, o Brasil sempre estreava fora contra a Colômbia e tinha um fechamento dos sonhos, contra a Bolívia, fora, e Venezuela, em casa, rivais que raramente dão trabalho.
Dentro da CBF a previsão é que esta será a Eliminatória mais equilibrada da história. Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia estão no mínimo no mesmo nível do Brasil.
O Equador tem um bom time e a força da altitude de Quito. Como são apenas quatro vagas diretas para a Copa-2018, com o quinto indo para a repescagem, este equilíbrio deixa os favoritos no limite da eliminação.
Já o Paraguai, que não veio ao Brasil para a Copa-2014, tem uma renovação que deve melhorar a equipe, e pode ser a sétima força. Peru, Venezuela e principalmente a Bolívia estão atrás.
COPA AMÉRICA DO CHILE
De 11 de junho a 4 de julho, a competição será uma prévia do início das Eliminatórias.
O sorteio dos grupos foi generoso com o time de Dunga, que deve passar de fase sem tropeços, apesar de ter a revanche com a Colômbia. A seleção vizinha foi eliminada pelo Brasil nas quartas de final da Copa-2014, jogo em que Zuñiga machucou e tirou Neymar do Mundial.
Dunga venceu a Copa América que disputou como treinador da seleção, em 2007, o que deu fôlego para seguir sem sobressaltos até a Copa da África do Sul três anos depois.
Uma derrota não faz diferença com relação ao Mundial, mas dará oportunidade aos críticos questionarem seu retorno. E a cúpula da CBF quer um bom resultado após o fracasso na Copa em casa.
AMISTOSOS
Serão três datas, em março, junho (antes da Copa América) e setembro. A ideia da comissão técnica é ter rivais fortes, de preferência europeus, já que haverá uma overdose de partidas contra sul-americanos a partir deste ano.
Só há um jogo marcado até o momento, no dia 26 de março, em Paris, contra a França. Há a possibilidade de nesta data Fifa o Brasil só realizar um jogo, e dedicar os demais dias a treinamentos.
SELEÇÕES DE BASE
A ideia da CBF é continuar o projeto olímpico paralelo aos jogos da seleção principal.
A partir de 15 de janeiro, a seleção brasileira sub-20 inicia campanha no Sul-Americano da categoria, mas a competição perdeu importância para o Brasil porque o país já está classificado para os Jogos Olímpicos de 2016, por ser a sede (campeão e vice vão garantir a vaga).
Apesar de valer classificação para Mundial sub-20 (quatro primeiros) e Pan-Americano de Toronto-2015 (terceiro a sexto), este time não é o mais importante da base da CBF já que não conta com os jogadores acima de 20 anos que Gallo está preparando para a Olimpíada.
Além do Mundial sub-20, entre maio e junho na Nova Zelândia, ainda haverá o Mundial sub-17, entre outubro e novembro, no Chile.
SELEÇÃO FEMININA
Sob o comando de Oswaldo Alvarez, o Vadão, jogará o Mundial do Canadá, entre 6 de junho e 5 de julho. Mais uma chance para Marta, cinco vezes eleita pela Fifa a melhor jogadora do mundo, ganhar um título de relevância mundial com a seleção brasileira.