O roteiro dos (longos) treinamentos de Dunga
03/09/14 10:01De Miami – Duas horas e dez minutos.
Esse foi o tempo que durou o primeiro trabalho em campo, nesta terça (2), de Dunga nesse reinício como treinador da seleção brasileira.
Dunga gosta, e muito, de treinos longos. Foi assim em sua primeira passagem comandando o Brasil, entre 2006 e 2010.
Treinos mais curtos somente na véspera de jogos, quando é preciso poupar a musculatura dos atletas. Nos outros dias é bola, bola, bola, bola e mais bola.
O roteiro é quase sempre o mesmo. Uma roda de bobinho como início do aquecimento, que depois é complementado pelo preparador físico, no caso Fábio Mahseredjian.
Mas a ideia é que sempre haja bola no trabalho, mesmo no físico.
Depois Dunga gosta de que os jogadores ocupem espaços. Normalmente divide o elenco em dois ou três times, sem identificar reservas ou titulares.
Nesse trabalho ele prioriza o famoso dois toques, quando o jogador só pode encostar duas vezes na bola, e a marcação em espaço reduzido.
Na movimentação realizada em Miami, ele elogiou os jogadores que estavam invertendo as bolas, ou seja, dando passes mais longos e conseguindo espaço. “É isso”, gritou mais de uma vez o técnico.
Com mais de uma hora do trabalho, veio o coletivo. Que demorou 45 minutos, bastante já que ele parava a todo momento para dar orientação aos atletas. Cuidados específicos nos posicionamentos de David Luiz e de Luiz Gustavo.
Dunga, claro, se aproveita do fato de a maioria dos jogadores desta seleção, 15, atuarem na Europa, e portanto estarem em início de temporada.
Estão descansados.
Mas quem quiser trabalhar com ele vai precisar suar a camisa (ainda mais em Miami, com temperaturas cima dos 30 graus na maior parte do dia).