O desabafo de Djenifer, a camisa 8 da seleção brasileira
13/08/14 16:23De São Paulo – Djenifer Becker tem 18 anos, é volante, e joga no Kinderman, de Santa Catarina.
Foi titular da seleção brasileira sub-20 eliminada na terça-feira (12), no Mundial da categoria no Canadá. O Brasil perdeu por 5 a 1 para a Alemanha.
Como a seleção masculina principal, que perdeu por 7 a 1 para os alemães na semifinal da Copa do Mundo, as meninas sofreram cinco gols em um só tempo.
Imediatamente foram feitas comparações, o que fez Djenifer desabafar por meio de uma rede social.
Vale ler a íntegra abaixo:
Infelizmente hoje deixamos a competição tão sonhada por todos, tivemos jogos duros , que no qual sabemos que jogamos contra AS MAIORES potências do futebol feminino na atualidade, hoje perdemos de 5×1 para a Alemanha, é tão fácil agora falar HUMILHAÇÃO, DE NOVO SÓ QUE AGORA COM A FEMININA, mas creio que quem fala isso literalmente NAO ASSISTOU O JOGO e só olhou o placar. É fácil agora comparar a derrota com a seleção masculina, mas me diz, porque não compara o salário, porque não compara as estruturas, o investimento, o nível de profissionalismo, porque? Sites que nunca se quer falaram que teria o campeonato, ou os horário dos jogos, agora quer criticar? Com que moral? A. esqueci que polêmica da mais audiência.. Pelo amor de Deus vamos acordar !!!! Para finalizar parabenizo TODOS que aqui estiveram e sabem o quanto lutamos!!!
A comparação que Djenifer pede, realmente, mostra um abismo gigante.
Por exemplo: uma das equipes que participaram do último Campeonato Brasileiro Feminino, segundo apurou o Blog, tinha folha salarial de R$ 50 mil mensais, com salários que variavam de R$ 650 a R$ 4 mil.
A maior parte do elenco da seleção brasileira masculina profissional que disputou a Copa do Mundo ganha, individualmente, cem vezes mais do que a atleta com maior salário do time feminino usado como exemplo.
O último Nacional teve a participação de 20 equipes, número bom, mas muitas equipes disputam a competição em um ano, e são encerradas, deixam de existir, no outro, principalmente por falta de patrocínio, deixando dezenas de garotas desempregadas.
O futebol feminino no Brasil, que teve a melhor jogadora do mundo, Marta, por anos, ainda é semi profissional.