Dunga acredita que o raio cai duas vezes no mesmo lugar
05/08/14 15:25De São Paulo – O 2018 pode ser, para Dunga, o seu 1994 como treinador.
O fracasso em 1990, a derrota da seleção brasileira na Copa da Itália, ficou conhecido como era Dunga.
Talvez porque o jogador, na época, simbolizasse o futebol de força que o Brasil, conhecido como o time de futebol bonito, praticou naquele Mundial.
Ou talvez porque na imagem do lance do gol de Caniggia, quando Maradona arranca sem freio, é Dunga quem não “mata” a jogada no meio de campo.
O 1 a 0 para a Argentina eliminou um time pouco carismático nas oitavas de final, mas ali não terminava a era Dunga.
Quatro anos depois, ele foi o capitão e ergueu a taça no Tetra. Em 1998, também era o capitão de um time que chegou à final e perdeu para a anfitriã França.
Dunga citou a amigos essa possibilidade de uma segunda volta por cima como principal motivo em ter aceitado o cargo de treinador da seleção brasileira novamente, apesar de conhecer todo o sofrimento que isso pode lhe causar.
Após a derrota na Copa do Mundo de 2010 havia a impressão de jamais voltaria a ter um cargo relacionado à seleção. Como em 1990, quando as projeções de especialistas davam como certo o fim de sua carreira de volante da seleção.
Dunga acha que o raio pode cair duas vezes no mesmo lugar. Redenção em 1994, e redenção em 2018 (e ele gosta de citar que 24 anos, tempo que separa 1994 de 2018, foi exatamente o período que o Brasil ficou sem levantar a taça de campeão do mundo, de 1970 a 1994.)