A falência da profissão de técnico de futebol no Brasil
12/07/14 21:34De Brasília – A possibilidade levantada pelos presidentes da CBF José Maria Marin, o atual, e Marco Polo Del Nero, o eleito, de manter Luiz Felipe Scolari como treinador depois de participar da maior derrota da história da seleção brasileira (7 a 1 da Alemanha) demonstra a falência da profissão de técnico de futebol no país.
Del Nero e Marin não viam opções melhores do que Felipão.
Perguntavam, como relatou Sérgio Rangel, repórter da Folha de S. Paulo, com quem conversavam, em tom de desafio, a apontar um nome para substituir Felipão. Ouviam sugestões, e se satisfaziam quando a resposta não apresentava nada próximo da unanimidade.
Pense o nome de um treinador brasileiro para assumir a seleção e iniciar um processo de renovação que terá como pilar Neymar e Oscar. Tite? Cuca? Abel Braga? Marcelo Oliveira? Qualquer nome sugerido traz mais dúvidas do que certezas.
A manutenção de Felipão se torna inviável mais pelo fantasma que o perseguirá toda vez que reunir o time para jogar do que porque ele fez um trabalho ruim na Copa do Mundo, pensa agora a cúpula da CBF.
E isso acontece justamente porque não há um nome de consenso, aquele cara que chegaria para resolver todos os problemas do futebol brasileiro. Não um que fale português pelo menos.
Felipão hoje (sábado, 12 de julho) respondeu que não precisa se reciclar com treinadores estrangeiros. O tabu talvez prevaleça, e Marin não tem o perfil de que pensará em contratar um treinador de fora do Brasil, quando (e se) for confirmada a saída de Felipão.
Falta ousadia e alegria.