O melhor do Brasil nos amistosos foi o anônimo entre os titulares
08/06/14 09:00De Teresópolis – O destaque da seleção brasileira nos dois amistosos que antecederam a estreia na Copa do Mundo não foi Neymar – apesar de o camisa 10 ter ido muito bem contra o Panamá, com chapéus, “caneta” e gol de falta.
Nem Júlio César, Thiago Silva, David Luiz, Hulk ou Fred, nenhum desses também foi o melhor do Brasil nos jogos da reta final da preparação. O mais regular em campo nos jogos contra Panamá e Sérvia é quase anônimo no meio dos atletas citados.
Luiz Gustavo mostrou segurança na frente da zaga e qualidade para sair jogando, que espantou qualquer dúvida de poderia perder a vaga de titular antes da quinta-feira (12), contra a Croácia.
Felipão gostou tanto que no momento que quis colocar Fernandinho em campo contra a Sérvia, para ganhar ritmo de jogo, escolheu para tirar Paulinho, e não Luiz Gustavo. Paulinho não estava bem, é verdade, mas os reservas do camisa 8 são Hernanes e Ramires, não Fernandinho.
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Luiz Gustavo, 26,fez uma ótima Copa das Confederações, mas sofreu um baque ao voltar para o Bayern de Munique em julho. O melhor time do mundo tinha um novo técnico, Pep Guardiola, que não contava com ele.
O volante sabia que, se não jogasse, não seria convocado. Por isso topou ir para o Wolfsburg, time médio da Alemanha. Jogaria a Bundesliga, a poderosa liga alemã, mas estaria longe da principal competição europeia, a Liga dos Campeões, que aumentou a repercussão no Brasil ao ter transmissão pela TV aberta.
Entre a reserva no Bayern, e relativamente desaparecer no Wolfsburg, ele foi na segunda opção. E jamais perdeu a confiança de Felipão, que de passagem pela Alemanha em abril o convidou para ir a Munique e o garantiu na convocação que faria no dia 7 de maio.
No meio de campo da seleção que tem também Paulinho e Oscar, o único que não corre risco de perder a vaga, acredite, é Luiz Gustavo, que no Brasil jogou profissionalmente apenas por Corinthians alagoano e CRB.