Os laterais da seleção gostam de atacar. E Felipão vai deixar
31/05/14 12:00De Teresópolis – Os primeiros treinos táticos de Felipão na Granja Comary mostram que ele dará, muita, liberdade a seus laterais.
Naquela sequência de números que se define uma formação tática em um time de futebol, o treinador gosta de falar que a seleção joga em um 4-2-3-1.
Mas quando tem a seleção brasileira tem a bola, o mais correto seria colocar esses números em um 2-2-5-1, com os laterais avançados.
Daniel Alves e Marcelo atacam melhor do que defendem. Em um evento publicitário poucos dias antes da apresentação na Granja Comary, Daniel Alves ouviu piadas do apresentador sobre ser mais atacante do que lateral.
Ele levou na esportiva, rindo, mas a brincadeira com fundinho de verdade mostrou como as pessoas, mesmo aquelas não especializadas no futebol, o veem.
Marcelo foi opção do técnico Carlo Ancelloti, do Real Madrid, para entrar em campo quando o time perdia por 1 a 0, para o grande rival da mesma cidade, o Atlético, a final mais importante de clubes no futebol mundial.
Marcelo é lateral, não um atacante, mesmo assim alterou a perspectiva do jogo atuando praticamente como um ponta esquerda. Seu time virou, venceu por 4 a 1 e ele ainda deixou um gol.
Ao optar pelos dois, Felipão sabe que eles irão atacar, e precisa incentivá-los, porque fazem isso bem, mas também controlá-los.
Luiz Gustavo e Paulinho serão os encarregados de cobri-los, principalmente Luiz. Mas, pelos primeiros treinamentos, deu para perceber que Hulk e Oscar também terão essas funções.