De São Paulo – A convocação do lateral-direito Rafinha para o amistoso de 5 de março contra a África do Sul, o último antes da lista final para a Copa do Mundo, parecia apenas uma maneira de Felipão avaliar uma terceira via para a posição caso Daniel Alves, o titular, e Maicon, o suplente, se machuquem.

Parecia.

O blog analisa hoje a reserva para a lateral direita, a segunda dúvida na lista de convocação para a Copa, em 7 de maio. São 19 jogadores garantidos, e quatro vagas em aberto.

A vantagem de Diego Cavalieri sobre Victor como terceiro goleiro você lê aqui.

Rafinha participou dos 90 minutos de Brasil 5 x 0 África do Sul. Não foi brilhante, mas Felipão usou três palavras para definir não só a atuação, mas a convivência com o lateral nos três dias que passaram juntos em Johannesburgo (o treinador não o conhecia pessoalmente):

Simples.
Participativo.
Equilibrado.

O cenário, então, sugere duas hipóteses:

1)      Felipão mandou um recado direto a Maicon, mostrando a ele que há opção para a lateral e que é bom se manter comportado na Roma.

2)      Felipão mandou recado direto a Maicon porque não conta mais com ele, já que Rafinha agradou.

Na Copa das Confederações, o reserva da lateral direita era Jean, do Fluminense, originalmente um volante. Depois do torneio, Jean participou de um jogo, e Felipão depois resolveu dar mais uma chance a Maicon, titular na Copa de 2010 com Dunga como treinador.

E Maicon foi bem nesses amistosos (como está bem na Roma).

O que surpreendeu Rafinha ser testado. E já havia surpreendido Felipão ter ido à Europa em dezembro observar laterais direitos. Viu Danilo, do Porto, por exemplo. Mas optou por Rafinha, que joga no Bayern de Munique, hoje o melhor time do planeta.

Uma vaga que parecia fechada está aberta. Se há confiança de Felipão em Diego Cavalieri, para terceiro goleiro, parece que falta confiança em Maicon para a lateral. E como em 2002, Felipão quer criar a segunda família Scolari.