De São Paulo – Rafinha entrou em campo contra a África do Sul na quarta-feira com a camisa 5, número incomum para um lateral-direito.

A 2, que no Brasil identifica um lateral-direito, estava com Daniel Alves, titular da posição que do banco viu Felipão testar Rafinha. A 15, que os reservas da lateral destra têm usado com o treinador, estava vaga.

A pouco menos de dois meses da convocação para a Copa do Mundo é possível cravar a maioria dos números que serão usados pelos jogadores.

Neymar será o 10, Fred o 9, Júlio César o 12, para dar três exemplos.

A seleção no último amistoso

É possível também, com base na numeração do amistoso de quarta, imaginar o que está por vir em 7 de maio, data da convocação final para a Copa.

Um dia antes do jogo em Johannesburgo, em bate-papo com os jornalistas, o treinador contou que tem deixado os jogadores escolherem os números que querem usar, em amistosos ou torneios oficiais.

Rafinha escolheu a 5. Número vago. Hulk tomou a 7. Número vago. Fernandinho a 8, também vago. Um pouco da história destas camisas vagas ajuda a projetar a convocação:

– O número 5 foi usado por Fernando na Copa das Confederações, e por Lucas Leiva depois. Ambos não devem ir à Copa. O lateral-direito reserva na Copa usará a 15 se for Maicon, mas por que não a 5 se for Rafinha e ele a quiser? Um desses dois números também deve ficar com o quarto homem da zaga, nome que (publicamente) não está definido. Pode ser Dedé, Marquinhos, Miranda, ou até Henrique.

– A 8 foi de Hernanes em 2013, outro que perdeu espaço com a boa atuação de Fernandinho no amistoso. Fernandinho, o volante dois em um, escolheu a 8 para jogar em Johannesburgo e pelo jeito gostou. Deve ser dele.

– O número 7 foi de Lucas na Copa das Confederações, jogador que está fora dos planos de Felipão para a Copa do Mundo. Hulk, que era o 19, tomou a 7 para jogar o amistoso na África do Sul e deve ficar com ela para a Copa. A não ser que Robinho seja convocado e use o privilégio de veterano e de já ter jogado duas Copas para reivindica-la.

– A 22 será do terceiro goleiro, provavelmente Diego Cavalieri, preferido do preparador de goleiros da seleção, Carlos Pracidelli.

– A 19 deve ficar com Willian, que já usou a 9, de Fred, e a 14, de Maxwell. Só sobrou para ele a 19, ou a 23. Se Hulk não abrir mão da 7 (um dos números da sorte de Felipão), a 23 poderia ser do “vovô” Robinho.

Aqui a numeração. Com interrogação os números vagos, em parênteses a aposta do blog:

1 – Jefferson

2 – Daniel Alves

3 – Thiago Silva

4 – David Luiz

5 – ? (Rafinha ou o quarto homem da zaga)

6 – Marcelo

7 – Hulk

8 – ? (Fernandinho)

9 – Fred

10 – Neymar

11 – Oscar

12 – Júlio César

13 – Dante

14 – Maxwell

15 – ? (Maicon, Rafinha ou o quarto homem da zaga)

16 – Ramires

17 – Luiz Gustavo

18 – Paulinho

19 –  ? (Willian)

20 – Bernard

21 – Jô

22 – ? (Diego Cavalieri)

23 – ? (Robinho. Ou se em dois meses aparecer aquele fenômeno que Felipão não poderia deixar de convocar)